Os 9 melhores filmes do Studio Ghibli

Quando se fala em animação japonesa de excelência, um nome inevitavelmente brilha no topo: Studio Ghibli. Fundado por Hayao Miyazaki e Isao Takahata em 1985, o estúdio transformou a maneira como o mundo vê os desenhos animados, elevando o gênero a patamares artísticos, emocionais e filosóficos que poucas produções conseguiram alcançar. Neste artigo, você vai mergulhar no universo mágico, poético e, muitas vezes, melancólico das obras-primas do estúdio — um convite para (re)descobrir filmes que marcaram gerações e conquistaram o coração de milhões ao redor do mundo.

Prepare-se para embarcar numa jornada repleta de criaturas místicas, protagonistas fortes e enredos que desafiam o senso comum. E, claro, tudo isso embalado por trilhas sonoras memoráveis e cenários que mais parecem pinturas em movimento. A seguir, destacamos os melhores filmes do Studio Ghibli que você, amante do bom cinema, não pode deixar de assistir.

A Viagem de Chihiro: o ápice da fantasia animada

Vencedor do Oscar de Melhor Animação em 2003, A Viagem de Chihiro é, para muitos, o maior símbolo do Ghibli. A trama acompanha Chihiro, uma garota que entra num mundo espiritual para salvar seus pais transformados em porcos. O filme é uma alegoria sobre o crescimento, a identidade e a transição da infância para a maturidade — tudo isso sob uma atmosfera onírica e misteriosa. Cada cena é um convite à contemplação, uma aula de como usar a fantasia para tocar o real.

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Meu Amigo Totoro: simplicidade que emociona

Totoro é mais que um personagem: é um ícone cultural. Meu Amigo Totoro narra a história de duas irmãs que se mudam para o campo e descobrem um espírito da floresta que muda sua percepção sobre a natureza e a vida. Com poucos diálogos e uma estética bucólica, o filme celebra a inocência infantil, o poder da imaginação e o vínculo familiar. Uma obra de arte minimalista que encanta crianças e adultos com igual intensidade.

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O Castelo Animado: crítica social com toques de magia

Baseado no livro de Diana Wynne Jones, O Castelo Animado mistura fantasia, guerra e romance em uma narrativa surpreendente. A protagonista Sophie é amaldiçoada e transformada em uma idosa, o que a leva até o excêntrico mago Howl e seu castelo ambulante. Em meio a metáforas sobre envelhecimento, beleza interior e resistência à guerra, o filme se destaca pela complexidade de seus personagens e pela crítica velada ao militarismo e à futilidade das aparências.

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Princesa Mononoke: natureza em guerra

Ambientado em um Japão feudal fictício, Princesa Mononoke apresenta uma batalha entre forças industriais e entidades da floresta. É um épico sobre equilíbrio ambiental, espiritualidade e moralidade ambígua. Os protagonistas, Ashitaka e San, estão presos entre dois mundos que se recusam a dialogar. Com cenas impactantes, trilha sonora intensa e uma mensagem urgente sobre o planeta, este é, talvez, o filme mais politicamente engajado do estúdio.

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O Serviço de Entregas da Kiki: autonomia e crescimento

Kiki é uma jovem bruxinha que sai de casa aos 13 anos para viver de forma independente, oferecendo um serviço de entregas em uma cidade litorânea. O Serviço de Entregas da Kiki é um retrato sensível do amadurecimento, da construção da identidade e da importância de falhar e recomeçar. O filme é leve, encantador e uma verdadeira carta de amor à juventude e seus dilemas.

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O Conto da Princesa Kaguya: poesia em forma de desenho

Dirigido por Isao Takahata, este longa é visualmente diferente dos demais. Com um estilo de aquarela tradicional japonesa, O Conto da Princesa Kaguya adapta um conto folclórico milenar e entrega uma narrativa que mistura delicadeza, crítica social e profunda melancolia. Uma obra-prima que explora o peso das expectativas, a liberdade e o efêmero da vida.

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Ponyo: o encanto das águas e da infância

Inspirado em A Pequena Sereia, Ponyo conta a história de uma peixinha dourada que deseja se tornar humana para viver com o menino Sosuke. Com cores vibrantes e uma estética mais infantil, é um filme perfeito para os pequenos, mas com camadas simbólicas que tocam também os adultos. A mensagem ambiental está presente, mas suavizada por uma atmosfera de pura ternura.

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O Mundo dos Pequeninos: delicadeza em miniatura

Baseado em The Borrowers, o filme mostra uma família de miniaturas que vive escondida na casa de humanos. A jovem Arrietty, curiosa e corajosa, começa a interagir com um menino humano, o que desafia as regras da sua existência. A obra reflete sobre pertencimento, empatia e os pequenos milagres que compõem a vida cotidiana.

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Vidas ao Vento: um adeus com assinatura de Miyazaki

Considerado o último filme de Hayao Miyazaki antes de sua aposentadoria (que, felizmente, não durou), Vidas ao Vento é um drama biográfico ficcional sobre o engenheiro Jiro Horikoshi, criador dos aviões de guerra japoneses da Segunda Guerra. O filme é uma homenagem ao sonho e à paixão pela criação, ainda que esta criação sirva a propósitos trágicos. Um encerramento digno para uma carreira lendária.

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Por que os filmes do Studio Ghibli são tão especiais?

Mais do que tramas bem construídas, os filmes do Ghibli trazem uma sensibilidade rara. Não existe pressa, não existe vilão unidimensional, não existe lição de moral óbvia. O estúdio acredita na inteligência emocional do espectador e no poder do silêncio, do olhar, do gesto sutil. Além disso, a técnica de animação desenhada à mão, a atenção aos detalhes e a trilha sonora de Joe Hisaishi criam uma experiência audiovisual inigualável.

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Seja você um fã de primeira viagem ou um apaixonado antigo por essas obras, revisitar (ou descobrir) os melhores filmes do Studio Ghibli é sempre uma experiência transformadora. Prepare a pipoca, ajuste o coração e permita-se entrar nesse universo onde o fantástico encontra o humano de maneira única.