O Índice Global da Paz (IGP), elaborado anualmente pelo IEP, fornece uma visão abrangente da situação da paz em todo o mundo. A análise considera fatores como conflitos, guerras civis, terrorismo e outros elementos que contribuem para a deterioração da tranquilidade.
1. Afeganistão
O Afeganistão mantém sua posição como o país mais perigoso pelo sexto ano consecutivo. Embora tenha experimentado uma diminuição na violência, fatores como conflitos internos entre o Talibã e a Frente de Resistência Nacional persistem. A retirada das tropas dos EUA e algumas operações da ONU no país contribuíram para essa relativa redução. No entanto, o relatório revela que 50% dos afegãos foram vítimas de roubo em 2022, refletindo a persistência de desafios de segurança.
2. Iêmen
O Iêmen continua sendo o segundo país menos pacífico globalmente, mantendo sua posição na região MENA pelo terceiro ano consecutivo. No entanto, há sinais encorajadores de melhoria, como o cessar-fogo assinado em 2022. O relatório destaca que o Iêmen registrou sua primeira melhoria na tranquilidade desde 2017, sinalizando uma possível virada em meio à persistente instabilidade.
3. Síria
A Síria, apesar de ocupar a terceira posição entre os países mais perigosos, mostra indícios de melhoria. A consolidada permanência do presidente Bashar al-Assad no poder contribui para a estabilização. Embora acusado de ditador, a redução nos conflitos pelo poder traz uma perspectiva de paz relativa. No entanto, a crise de refugiados persiste, com aproximadamente 61% da população síria buscando abrigo em algum lugar do mundo.
4. Sudão do Sul
Após conquistar a independência do Sudão em 2011, o Sudão do Sul enfrenta desafios significativos. Com 42% da população deslocada, o país enfrenta altos níveis de violência sexual e conflitos internos em ascensão. Enquanto outros países observam uma queda nos conflitos, o Sudão do Sul permanece entre os mais violentos, destacando a complexidade de sua trajetória independente.
5. República Democrática do Congo
A República Democrática do Congo, marcada por relações tensas com a Zâmbia, enfrenta uma realidade complexa. Disputas territoriais e crimes violentos, desde assaltos até invasões de casas, contribuem para sua posição entre os países mais perigosos. A análise destaca a persistência da violência interna como um desafio crítico para a estabilidade.
6. Rússia
Em 2022, a Rússia experimentou seu menor nível de tranquilidade desde 2008, principalmente devido à invasão da Ucrânia. O conflito teve repercussões significativas em todos os domínios do IGP, refletindo-se em sua classificação como o sexto país mais perigoso do mundo em 2023. A escalada da violência internacional impactou diretamente na percepção de paz no país.
7. Ucrânia
A Ucrânia, após a invasão russa em 2022, enfrenta uma realidade desoladora. A população ucraniana sofreu um impacto devastador, refletindo-se na deterioração da segurança e na classificação como um dos países mais perigosos do mundo. Com mais de 30% da população agora refugiada ou internamente deslocada, a Ucrânia vive uma crise humanitária de grandes proporções.
Enquanto alguns países buscam melhorias, a situação global da paz em 2023 continua a desafiar as expectativas. Conflitos persistentes, crises humanitárias e deslocamentos em larga escala destacam a necessidade urgente de esforços internacionais para promover a estabilidade e a paz em regiões assoladas pela adversidade. O Índice Global da Paz serve como um alerta para a comunidade internacional, instando à ação coordenada na busca por um mundo mais seguro e pacífico.
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