A literatura brasileira é rica e diversificada, refletindo as várias facetas da cultura e da sociedade do país, que é um país grande e pluralista, amplo e variado em todos os sentidos.
Alguns autores e obras conseguiram transcender fronteiras nacionais, por regionalistas que possam parecer, ganhando reconhecimento e admiração no exterior.
Mais uma vez apresentamos uma lista, que, como já dissemos, nenhuma lista é definitiva, por expressa uma opinião, que pode ser amplamente contestada. Nesta lista, especificamente, destacamos os 21 clássicos da literatura brasileira que se tornaram os mais lidos e influentes fora do Brasil, oferecendo um vislumbre da contribuição do país para o cenário literário mundial.
Como seria de se esperar, Machado de Assis vem em primeiro, com o seu livro mais célebre. Um livro que provoca reações, pela sutileza com que levanta uma suspeita, sem comprovar. Quem já leu, sabe…
- “Dom Casmurro” – Machado de Assis: Uma obra-prima da literatura brasileira, este romance explora temas de ciúme, lealdade e a natureza enigmática da verdade.
- “Grande Sertão: Veredas” – Guimarães Rosa: Este romance inovador é conhecido por sua linguagem única e exploração profunda do sertão brasileiro, apresentando uma visão filosófica da vida.
- “A Hora da Estrela” – Clarice Lispector: Uma das últimas obras de Lispector, este livro conta a história de Macabéa, uma migrante nordestina no Rio de Janeiro, explorando questões de identidade e existência.
- “O Guarani” – José de Alencar: Este romance é um dos principais representantes do romantismo no Brasil, narrando a história de amor entre Peri, um índio, e Ceci, uma moça branca, no século XVII.
- “Capitães da Areia” – Jorge Amado: Retrata a vida de um grupo de crianças abandonadas que vivem nas ruas de Salvador, mostrando as dificuldades e a solidariedade entre elas.
- “Vidas Secas” – Graciliano Ramos: Uma obra crítica do sertão nordestino, narrando a vida de uma família de retirantes que luta para sobreviver em meio à seca.
- “Memórias Póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis: Considerado um marco na transição para o Realismo no Brasil, este romance é narrado por um defunto autor, Brás Cubas, que reflete sobre sua vida.
- “O Alquimista” – Paulo Coelho: Um dos livros brasileiros mais vendidos no mundo, este romance filosófico conta a jornada de um pastor andaluz em busca de um tesouro escondido.
- “Senhora” – José de Alencar: Romance que critica a sociedade do Rio de Janeiro do século XIX, abordando temas como casamento, dinheiro e poder.
- “Os Sertões” – Euclides da Cunha: Uma mistura de reportagem, história e sociologia, este livro detalha a Guerra de Canudos no sertão baiano, refletindo sobre o Brasil e sua diversidade.
- “Macunaíma” – Mário de Andrade: Uma rapsódia que mistura folclore, mitologia e crítica social, retratando a vida do herói sem nenhum caráter, Macunaíma.
- “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água” – Jorge Amado: Conta a história de Quincas, um homem que abandona sua vida burguesa para viver entre os marginais de Salvador.
- “Quarto de Despejo” – Carolina Maria de Jesus: Diário de uma catadora de papel, que narra sua luta diária pela sobrevivência e de seus filhos na favela de São Paulo.
- “Sagarana” – Guimarães Rosa: Uma coleção de contos que exploram as tradições, a linguagem e as histórias do sertão mineiro.
- “O Tempo e o Vento” – Érico Veríssimo: Uma trilogia épica que narra a história do Rio Grande do Sul e de suas famílias fundadoras, ao longo de dois séculos.
- “Fogo Morto” – José Lins do Rego: Romance que retrata o declínio dos engenhos de açúcar no Nordeste e o fim de uma era.
- “Angústia” – Graciliano Ramos: Um estudo profundo da mente de Luís da Silva, um homem atormentado por suas frustrações e desejos.
- “Til” – José de Alencar: Um dos romances regionalistas de Alencar, retratando a vida rural no interior do Brasil.
- “Gabriela, Cravo e Canela” – Jorge Amado: Ambientado em Ilhéus, na época da febre do cacau, este romance mistura amor, política e transformações sociais.
- “Casa Grande & Senzala” – Gilberto Freyre: Embora seja uma obra de sociologia, “Casa Grande & Senzala” é fundamental para entender a formação social, racial e cultural do Brasil.
- “Terra Sonâmbula” – Mia Couto: Embora Mia Couto seja moçambicano, sua obra é frequentemente associada à lusofonia e tem sido amplamente lida e estudada no Brasil, representando a conexão cultural dentro da língua portuguesa.
Estes clássicos não só ilustram a riqueza literária do Brasil, mas também desempenham um papel crucial em introduzir e disseminar a cultura brasileira pelo mundo.
Através de suas páginas, leitores de diversas nacionalidades têm a oportunidade de explorar histórias, personagens e paisagens únicas, ganhando uma compreensão mais profunda do Brasil e de seu povo.