Os 20 grandes livros da literatura ambientados em sociedades opressivas

A literatura é um universo tão fantástico que nos permite criar e manipular mundos fictícios, que descrevem a realidade, mesmo de sociedades opressivas ou regimes totalitários.

Ao longo dos séculos, inúmeras obras-primas da literatura foram escritas como um manifesto contra governos criminosos e ditatorial. Alguns destes livros, chegaram a ser proibidos em sua época, devido a sua mensagem inconformista e subliminar.

A literatura jamais terá fim, a não ser que o ser humano deixe de existir. A literatura permanecerá existindo, por mais que o mundo evolua tecnologicamente, pois ela é a extensão física do pensamento do ser humano. Enquanto houver pessoas, enquanto houver problemas no mundo, enquanto houver angustia, haverá o que ser escrito e descrito, de forma ficcional, para o mundo.

Esta lista contém 20 obras e é impressionantemente incompleta. Obviamente que existem muitos livros até melhores que algum descrito abaixo, já que, nem todos os livros desta lista são obras-primas, mas em geral são livros que descrevem seus personagem em um mundo de opressão ou de totalitarismo. Algumas não retratam, necessariamente, governos totalitários, mas alguns retratam um sistema local opressivo.

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Vamos a nossa lista dos 20 livros ambientados em sociedades opressivas:

1. “1984” – George Orwell:

Uma visão sombria de um futuro distópico (em um mundo distópico, há desigualdade, opressão, falta de liberdade, sofrimento e autoritarismo) dominado por um regime totalitário conhecido como o Partido, liderado pelo enigmático Big Brother. Orwell descreve uma sociedade de vigilância constante, manipulação da verdade e supressão da liberdade individual.

2. “Rebelião na Fazenda” – George Orwell:

Uma alegoria política que critica o stalinismo e os regimes totalitários, retratando animais que se rebelam contra seus donos humanos para estabelecer uma sociedade igualitária, apenas para ver seus ideais serem corrompidos pelo poder.

3. “O Diário de Anne Frank” – Anne Frank:

Um relato comovente do Holocausto, onde Anne Frank documenta os dois anos que passou escondida em um sótão em Amsterdã, durante a ocupação nazista. Seu diário se tornou um símbolo de resistência e humanidade em face da intolerância.

4. “A Revolução dos Bichos” – George Orwell:

Outra obra de Orwell que satiriza a Revolução Russa e o regime stalinista, usando animais para representar figuras políticas e criticar a corrupção do poder e a traição dos ideais revolucionários.

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5. “O Sol é Para Todos” – Harper Lee:

Um retrato da injustiça racial e do sistema judicial falho nos Estados Unidos da década de 1930, onde um homem negro é injustamente acusado de estupro. A obra examina o racismo e a intolerância em uma sociedade dividida.

6. “Fahrenheit 451” – Ray Bradbury:

Um mundo futuro onde os livros são proibidos e queimados pelo regime totalitário para manter o controle sobre a população. A obra explora a importância da liberdade de expressão e do pensamento crítico.

7. “O Apanhador no Campo de Centeio” – J.D. Salinger:

A história de um adolescente alienado e sua luta para encontrar seu lugar no mundo, em meio a uma sociedade que ele vê como falsa e hipócrita. O livro aborda questões de alienação e conformidade.

8. “Vida e Destino” – Vasily Grossman:

Um épico literário que retrata a vida sob o regime stalinista na União Soviética, explorando temas de liberdade, lealdade e resistência. A obra foi censurada pelo governo soviético e só foi publicada postumamente.

9. “O Homem Duplicado” – José Saramago:

Um romance que questiona a identidade e a individualidade em uma sociedade burocrática e opressiva. O protagonista descobre a existência de um sósia exato e embarca em uma jornada para descobrir a verdade por trás disso.

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10. “Cem Anos de Solidão” – Gabriel García Márquez:

Embora não seja uma crítica direta a regimes totalitários, o livro de García Márquez aborda temas de autoritarismo, corrupção e violência política que ecoam os regimes latino-americanos. Através do realismo mágico, a obra reflete as injustiças sociais e a luta pela liberdade em meio a um contexto opressivo.

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11. “Guerra e Paz” – Lev Tolstói:

Um épico que retrata a sociedade russa durante as guerras napoleônicas, explorando as complexidades da guerra, política, sociedade e amor. Embora não se concentre em um regime totalitário específico, oferece uma visão ampla da vida em uma época de conflitos e mudanças.

12. “O Homem do Castelo Alto” – Philip K. Dick:

Uma obra de ficção especulativa que imagina uma realidade alternativa na qual os Estados Unidos foram derrotados na Segunda Guerra Mundial e divididos entre os nazistas e os japoneses. A narrativa explora temas de totalitarismo, resistência e identidade.

13. “O Poderoso Chefão” – Mario Puzo:

Embora seja uma obra de ficção sobre a máfia italiana, “O Poderoso Chefão” oferece insights sobre poder, corrupção e controle autoritário em uma sociedade onde o crime organizado opera como uma entidade paralela ao governo oficial.

14. “Doutor Jivago” – Boris Pasternak:

Um romance que se passa na Rússia durante a Revolução Bolchevique e o subsequente regime soviético. A obra aborda a luta de um médico-poeta para sobreviver em meio à turbulência política e social da época.

15. “Um Dia na Vida de Ivan Denisovich” – Aleksandr Soljenítsin:

Um retrato vívido da vida em um campo de trabalho soviético durante o regime de Stalin. Soljenítsin oferece uma visão brutal e realista das condições desumanas enfrentadas pelos prisioneiros políticos.

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16. “O Livro de Jó” – Joseph Roth:

Uma reflexão sobre a ascensão do nazismo na Alemanha pré-Segunda Guerra Mundial, vista através dos olhos de um jornalista judeu. Roth descreve a atmosfera de medo e opressão que permeava a sociedade alemã naquela época.

17. “O Século de Sangue” – Eric Hobsbawm:

Um estudo abrangente do século XX, que aborda os principais eventos e transformações que moldaram o mundo moderno, incluindo as guerras mundiais, regimes totalitários e movimentos sociais.

18. “Os Filhos da Meia-Noite” – Salman Rushdie:

Um romance que aborda a independência da Índia e a partição do país, explorando as consequências políticas, sociais e culturais desse evento histórico.

19. “Vidas Secas” – Graciliano Ramos:

Embora não seja sobre um regime totalitário, “Vidas Secas” retrata a dura realidade da vida sob o domínio do latifúndio no Brasil, explorando temas de pobreza, opressão e luta pela sobrevivência.

20. “O Senhor das Moscas” – William Golding:

Uma obra que explora os instintos humanos primordiais e os efeitos da falta de controle social, através da história de um grupo de crianças que ficam presas em uma ilha deserta e tentam estabelecer uma sociedade própria, mas acabam sucumbindo ao caos e à violência.

Está é a nossa lista dos livros ambientados em um mundo de opressão, que sempre nos oferecerá uma mensagem de que o mundo real, é como um cenário, muitas vezes de relações delicadas, que pateticamente às vezes, ou sempre, caminha em direção a divisão social, ao distanciamento humano e a colossal alienação do pensamento.

Se o mundo entrar em colapso hoje, sucumbido por uma grande guerra mundial, as pessoas em geral entenderão o porque o mundo caminhou para tal situação?