Os 15 livros da literatura que todos deveriam ler

Se os livros são seus melhores amigos, fizemos essa lista especialmente para você: os livros da literatura que todos deveriam ler.

Aqui, reunimos algumas indicações dos melhores livros para ler para quem está em busca de refletir, aprender ou de conhecer grandes obras que marcaram a literatura.

Sabemos que nem todos podem concordar com a nossa seleção, mas com certeza vale a pena dar uma chance para cada uma das obras literárias apontadas aqui.

A literatura possibilita uma ampla expansão da sua mente, e se você se permitir deixar um pouco de lado as distrações, a televisão e o smartphone, tirando apenas 30 minutos diários de leitura, você perceberá, no prazo de alguns meses, uma mudança significativa na sua vida.

Os livros apontados aqui não são necessariamente divinos, eles são bons livros, que com certeza, todos deveriam ler por lhe trará enormes benefícios.

1. 1984 – George Orwell

Publicado no final da década de 1940, 1984 de George Orwell é uma obra-prima distópica que permanece surpreendentemente relevante nos dias de hoje. A narrativa se desenrola em uma sociedade governada pelo Grande Irmão e marcada por um controle extremo, onde conceitos como a “novilíngua” e o “crime de pensamento” são introduzidos, refletindo sobre a manipulação da linguagem e a repressão de ideias.

Guerra é paz, Liberdade é escravidão, Ignorância é força.

Este trecho emblemático do livro destaca a inversão de valores promovida pelo regime totalitário, convidando o leitor a uma profunda reflexão sobre liberdade, verdade e poder. A obra não apenas constrói cenários perturbadores de um regime autoritário, mas também nos faz questionar aspectos da nossa sociedade contemporânea.

2. O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe é uma obra atemporal que transcende a classificação de um simples livro infantil, tornando-se um tesouro para leitores de todas as idades. Escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry, este clássico é repleto de metáforas filosóficas e poéticas que abordam temas universais como amizade, amor e a perda da inocência.

Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

Esta frase emblemática resume a essência da narrativa, incentivando uma reflexão profunda sobre os valores humanos e a forma como percebemos o mundo ao nosso redor. Independentemente da idade, O Pequeno Príncipe oferece lições valiosas sobre a importância de manter a capacidade de maravilhamento e a pureza do coração.

3. Orgulho e Preconceito – Jane Austen

Jane Austen, uma das romancistas mais veneradas, criou em Orgulho e Preconceito uma obra que transcende o tempo. A narrativa, centrada na vida de Elizabeth Bennet e seus embates com o Sr. Darcy, destaca-se por sua crítica social e a profundidade de seus personagens. Elizabeth, com sua personalidade forte e visão à frente de seu tempo, tornou-se uma das protagonistas mais emblemáticas da literatura.

Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente.

A obra é um estudo sobre as relações humanas, marcado pela ironia e pelo olhar crítico de Austen sobre a sociedade de sua época. Através de Elizabeth e Darcy, a autora explora temas como orgulho, preconceito, amor e redenção, fazendo de sua história um clássico atemporal.

4. Os Miseráveis – Victor Hugo

Os Miseráveis, de Victor Hugo, é uma obra monumental que aborda a luta contra a injustiça social na França do século XIX. A narrativa se entrelaça em torno de personagens complexos, como Jean Valjean, um ex-condenado que busca redenção, e Javert, um inspetor de polícia obcecado por justiça.

A obra é reconhecida por sua profunda análise dos temas político-filosóficos, destacando-se a desigualdade social, a miséria humana e a busca incessante por justiça. Os Miseráveis já foi adaptado inúmeras vezes para o cinema, a televisão e o teatro, ganhando destaque especial nas versões musicais.

Ninguém guarda melhor um segredo que uma criança.

Esta citação de Victor Hugo encapsula a essência da obra, que, além de ser um marco literário, é um veemente apelo à humanidade para que não se esqueça dos mais vulneráveis na sociedade.

5. Dom Casmurro – Machado de Assis

Considerada uma das obras-primas de Machado de Assis, Dom Casmurro é um marco na literatura brasileira, explorando temas como ciúmes, traição e a complexidade das relações humanas. A narrativa gira em torno de Bento Santiago, o Bentinho, e sua obsessão pela possível infidelidade de sua esposa, Capitu, levantando a eterna questão: Capitu traiu ou não Bentinho?

A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre, por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente.

A obra é célebre não apenas por sua trama envolvente, mas também pela maestria com que Machado de Assis constrói seus personagens, tornando-os inesquecíveis na memória dos leitores. A ambiguidade da narrativa permite múltiplas interpretações, fazendo de Dom Casmurro um livro que convida à reflexão e ao debate.

  • Personagens Principais:
    • Bento Santiago (Bentinho)
    • Capitu
    • Escobar

Este romance, traduzido para diversos idiomas, continua a ser um dos mais estudados e admirados, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo literário.

livros da literatura 2

6. As Aventuras de Sherlock Holmes – Sir Arthur Conan Doyle

Os fãs de romance policial encontram nesse clássico da literatura porções generosas de pura genialidade. Um dos investigadores fictícios mais famosos da história é Sherlock Holmes, o detetive britânico excêntrico com uma mente brilhante. Os mistérios resolvidos a partir da lógica dedutiva do detetive fizeram dele um dos personagens mais representados da cultura, entrando inclusive para o Livro dos Recordes por isso.

Para uma mente brilhante, nada é pequeno. Sir Arthur Conan Doyle (As Aventuras de Sherlock Holmes)

Além dos doze primeiros contos, publicados pela Strand Magazine entre 1891 e 1892, que são os mais famosos, há também romances baseados no mesmo personagem. Nesse conto, Conan Doyle apresenta a primeira aparição do único personagem que conseguiu desconcertar Sherlock Holmes: Irene Adler. Tudo começou quando um homem …

7. Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

“Admirável Mundo Novo”, um dos grandes clássicos da literatura e a obra-prima distópica de Aldous Huxley, é uma narrativa impactante que mergulha os leitores em um futuro onde a sociedade é dominada por um estado autoritário, a evolução científica é levada ao extremo, e as emoções humanas são vistas como obstáculos à ordem social. Bernard Marx, um psicólogo que se encontra insatisfeito com o mundo em que vive, é o protagonista desta história que explora os limites da tecnologia e do controle social.

A sociedade descrita no livro é uma que se mantém “ocupada” com entretenimento superficial e tecnologia, o que acaba por deteriorar o pensamento crítico e as interações sociais. Este cenário serve como um espelho para o leitor, provocando reflexões profundas sobre a condição humana e a direção que a sociedade moderna está tomando.

Encha seus olhos de admiração. Viva como se fosse cair morto daqui a dez segundos. Veja o mundo. Ele é mais fantástico do que qualquer sonho que se possa produzir nas fábricas.

Para os amantes de ficção científica e sociologia, este livro é uma aula a cada página, onde o industrial e a tecnologia são colocados acima das emoções humanas, revelando o potencial dramático de um mundo novo e assustador.

8. Cem Anos de Solidão – Gabriel García Márquez

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, é uma obra que transcende o tempo e o espaço, mergulhando o leitor em uma narrativa rica e complexa. Este livro, que é considerado a obra-prima de García Márquez, narra a saga da família Buendía ao longo de quatro gerações, em um ciclo de repetição e destino que reflete a história da América Latina.

A história se passa na fictícia Macondo, uma aldeia que testemunha tanto a ascensão quanto a queda da família Buendía. Através de personagens memoráveis e uma trama repleta de realismo mágico, o autor explora temas como o tempo, a memória e a solidão.

  • Personagens principais: José Arcadio Buendía, Úrsula Iguarán, Aureliano Buendía.
  • Temas abordados: Realismo mágico, ciclo da vida, solidão.

A genialidade de García Márquez, que lhe rendeu o Nobel de Literatura em 1982, é incontestável. Este livro não é apenas uma leitura obrigatória para os amantes da literatura, mas uma experiência transformadora que desafia nossa percepção da realidade e do tempo.

9. Grande Sertão: Veredas – Guimarães Rosa

Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, é uma obra que transcende a literatura brasileira, mergulhando profundamente na psique humana e na complexidade do sertão. Narrando a história de Riobaldo, um jagunço que reflete sobre sua vida, amor e batalhas, este romance modernista é um marco na literatura nacional.

A obra é conhecida por sua linguagem rica e inovadora, que captura a essência do vocabulário do sertão de maneira poética. A narrativa, repleta de filosofia e questionamentos sobre destino e controle sobre a própria história, é um convite à reflexão.

O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando.

A leitura de Grande Sertão: Veredas é uma experiência única, que desafia e enriquece o leitor, deixando uma marca indelével em seu coração.

10. A Sangue Frio – Truman Capote

Considerada a primeira obra de jornalismo literário, A Sangue Frio narra a chocante história do assassinato da família Clutter, ocorrido em 1959, numa pequena cidade do Kansas. Truman Capote, com sua meticulosa pesquisa e estilo narrativo envolvente, transformou este trágico evento em um dos maiores sucessos de venda de todos os tempos.

Em sua jornada para compor a obra, Capote chegou à cidade um mês após o crime, coletando informações, testemunhos, cartas e diários. Sua habilidade de memorização e observação permitiu que narrasse o crime de forma contagiante, tornando o livro um clássico mundial.

É fácil ignorar a chuva quando estamos de capa.

A obra não apenas detalha os eventos que levaram ao crime, mas também explora as complexidades psicológicas dos envolvidos, oferecendo uma visão profunda sobre a natureza humana.

11. Dom Quixote – Miguel de Cervantes

Dom Quixote, a obra-prima de Miguel de Cervantes, é considerada um dos maiores clássicos da literatura mundial. A história segue as aventuras de um fidalgo chamado Alonso Quijano, que, após ler inúmeros romances de cavalaria, perde a sanidade e decide se tornar um cavaleiro andante, adotando o nome de Dom Quixote. Ele sai em busca de aventuras ao lado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança, enfrentando uma realidade que frequentemente colide com sua imaginação fértil.

A genialidade de Cervantes ao parodiar os romances de cavalaria, que já começavam a perder popularidade no século XVII, é amplamente reconhecida. A obra não apenas provoca risos com suas situações hilárias, mas também oferece uma profunda reflexão sobre a natureza humana e a linha tênue entre a realidade e a fantasia.

Dom Quixote e Sancho Pança formam uma das duplas mais memoráveis da literatura, representando, respectivamente, o idealismo desmedido e o pragmatismo.

12. O Apanhador no Campo de Centeio – J. D. Salinger

Publicado em 1951, “O Apanhador no Campo de Centeio” é uma obra que se destaca por sua abordagem profunda das inquietações juvenis. O protagonista, Holden Caulfield, é um jovem de dezessete anos que, após ser expulso de mais uma escola, embarca em uma jornada de autodescoberta pelas ruas de Nova York. Durante seu percurso, Holden reflete sobre temas como a inocência, a identidade e a sensação de alienação, tornando-se quase um confidente para o leitor.

Há coisas que deviam ficar do jeito que estão. A gente devia poder enfiá-las num daqueles mostruários enormes de vidro e deixá-las em paz.

Este romance de J. D. Salinger tornou-se um marco na literatura, sendo considerado quase uma bíblia para jovens norte-americanos. A narrativa, ambientada em um final de semana de dezembro de 1949, oferece uma visão crítica e ao mesmo tempo sensível sobre o processo de amadurecimento.

13. A Insustentável Leveza do Ser – Milan Kundera

“A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, é uma obra que desafia as convenções narrativas ao entrelaçar amor, filosofia e política em um cenário marcado pela Primavera de Praga. A complexidade das relações humanas é explorada através dos olhares de Tomás, Teresa, Sabina e Franz, personagens que se entrelaçam em uma trama de escolhas e acasos.

A narrativa não linear e a riqueza filosófica do texto tornaram o livro um marco literário, traduzido para mais de trinta idiomas e adaptado para o cinema. Este sucesso reflete não apenas a qualidade da obra, mas também a universalidade dos temas abordados.

  • Personagens Principais: Tomás, Teresa, Sabina, Franz
  • Tema Central: A complexidade das relações humanas
  • Contexto Histórico: Primavera de Praga
  • Adaptações: Filme dirigido por Philip Kaufman

A obra convida o leitor a refletir sobre a leveza e o peso das escolhas humanas, em um mundo onde o acaso muitas vezes dita o ritmo da vida.

14. Em Busca de Sentido – Viktor E. Frankl

Em Busca de Sentido, de Viktor E. Frankl, é uma obra que transcende o gênero literário para se tornar um guia de vida para muitos. O autor, fundador da Logoterapia, compartilha suas experiências como prisioneiro em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, oferecendo uma perspectiva única sobre a resiliência humana e a busca por sentido mesmo nas circunstâncias mais adversas.

A obra é dividida em duas partes principais: a primeira detalha a vida no campo de concentração, enquanto a segunda introduz os conceitos da Logoterapia. Frankl argumenta que a busca por um sentido na vida é a força motriz primária do ser humano, uma ideia que ressoa profundamente com leitores ao redor do mundo.

Tudo pode ser tirado de uma pessoa, exceto uma coisa: a liberdade de escolher sua atitude em qualquer circunstância da vida.

Este livro é recomendado para aqueles que procuram compreender a capacidade humana de encontrar significado mesmo nas situações mais desafiadoras.

15. O Grande Gatsby – F. Scott Fitzgerald

O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, é uma crítica penetrante ao Sonho Americano, ambientada na opulenta sociedade da década de 1920. A narrativa gira em torno de Jay Gatsby, um homem misterioso e rico, cuja obsessão por reaver seu amor perdido, Daisy Buchanan, o leva a um trágico destino. O narrador, Nick Carraway, oferece uma visão íntima dos personagens e da sociedade da época, marcada pela extravagância e pela busca incessante por prosperidade.

“Sempre que tiver vontade de criticar alguém, lembre-se de que nem todo mundo teve as oportunidades que você teve.” – Esta citação de Fitzgerald encapsula a mensagem subjacente do romance, refletindo sobre privilégios e julgamentos sociais.

A obra é considerada uma das maiores da literatura americana, não apenas pela sua crítica social, mas também pela complexidade de seus personagens e pela beleza de sua prosa. A história de Gatsby é uma lição sobre amor, perda e a ilusão do sucesso.

Conclusão

Ao longo desta jornada literária, exploramos 15 obras-primas que, sem dúvida, merecem um lugar de destaque na estante de qualquer amante da literatura. Desde clássicos imortais até narrativas contemporâneas que desafiam nossa percepção do mundo, cada livro selecionado oferece uma janela única para experiências humanas profundas e universais. Encorajamos os leitores a mergulharem nessas páginas não apenas como uma forma de entretenimento, mas como um meio de enriquecimento pessoal e compreensão mais profunda da condição humana. Que esta lista sirva não apenas como uma recomendação, mas como um convite para explorar os vastos horizontes que a literatura tem a oferecer.

Veja alguns textos que podem te interessar?

Arqueólogos encontram móveis de madeira nas ruínas milenares de Herculano

Templos com milhares de anos esculpidos na rocha são identificados na Turquia