Ônibus com peregrinos pega fogo na rota Meca–Medina e deixa 45 mortos

Ônibus com peregrinos pega fogo na rota Meca–Medina e deixa 45 mortos

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Um grave acidente na noite de domingo (17) interrompeu abruptamente a viagem de dezenas de peregrinos que retornavam de Meca rumo a Medina, na Arábia Saudita. O ônibus que transportava o grupo, composto majoritariamente por cidadãos indianos, colidiu em uma rodovia e pegou fogo instantes depois, resultando em uma das maiores tragédias envolvendo peregrinos na região nos últimos anos. Segundo autoridades locais, apenas um passageiro conseguiu sobreviver, mas permanece hospitalizado em estado crítico.

A peregrinação Umrah, realizada fora do período do Hajj, costuma movimentar milhares de fiéis anualmente. Para muitos dos envolvidos, a viagem representava um momento de devoção espiritual, que terminou em um cenário de desespero e destruição.

Ônibus colidiu e incendiou com passageiros adormecidos

De acordo com informações da embaixada da Índia em Riade, o grupo havia encerrado suas atividades religiosas em Meca poucas horas antes e seguia de volta a Medina. Relatos da imprensa indiana apontam que boa parte dos passageiros dormia quando o ônibus se chocou contra outro veículo na estrada, impedindo reação rápida e dificultando a fuga das chamas.

O impacto provocou um incêndio de grandes proporções, consumindo rapidamente o interior do ônibus. A maioria das vítimas morreu carbonizada antes que pudesse ser resgatada. O único sobrevivente, segundo o comissário de polícia VC Sajjanar, foi retirado do local com ferimentos graves e segue internado.

Autoridades sauditas mobilizaram equipes de emergência

Após o acidente, equipes da Defesa Civil e patrulhas da polícia saudita foram mobilizadas imediatamente. Ambulâncias, viaturas e brigadistas trabalharam durante toda a madrugada para controlar o fogo e recolher os corpos das vítimas. O resgate foi dificultado pela intensidade das chamas e pela destruição do veículo.

Ainda segundo autoridades locais, os corpos serão submetidos a identificação formal antes da repatriação. A investigação para determinar as causas exatas da colisão já foi iniciada.

Governo indiano ativa força-tarefa de apoio às famílias

A dimensão da tragédia provocou forte comoção na Índia. O Consulado Geral da Índia em Jidá instalou um serviço de atendimento 24 horas para fornecer informações às famílias e coordenar os procedimentos de repatriação. Ministérios indianos também montaram uma força-tarefa para acompanhar o caso de perto.

O primeiro-ministro Narendra Modi lamentou publicamente o ocorrido e enviou condolências às famílias das vítimas. Ele classificou o acidente como “profundamente doloroso” e prestou solidariedade ao único sobrevivente.

Tragédias envolvendo peregrinos não são inéditas na região, mas a magnitude deste acidente reacendeu debates sobre segurança viária nas rotas sagradas. A estrada entre Meca e Medina é uma das mais movimentadas do país, especialmente durante períodos de festividades e peregrinações religiosas.

Especialistas apontam que o fluxo intenso, associado ao cansaço de motoristas e passageiros após longas jornadas, potencializa riscos. Há expectativa de que novas medidas de fiscalização e monitoramento sejam adotadas pelas autoridades sauditas.

Enquanto equipes diplomáticas, policiais e médicas trabalham para concluir os procedimentos formais, famílias na Índia enfrentam o luto coletivo. A peregrinação, que deveria simbolizar fé e renovação espiritual, terminou como uma das maiores tragédias recentes envolvendo cidadãos indianos no exterior.

O governo indiano garantiu apoio total às famílias e reiterou que acompanhará todos os desdobramentos até a conclusão da investigação. A esperança recai agora sobre a recuperação do único sobrevivente.

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