Prepare-se para dias de calor extremo: de acordo com a previsão do ClimaTempo, a onda de frio que dominou o Brasil nos últimos dias está prestes a dar lugar a uma intensa massa de ar quente e seco. A partir da próxima segunda-feira (2), as temperaturas em grande parte do país começarão a subir rapidamente, marcando o início de um período prolongado de calor.
Segundo os meteorologistas, essa nova onda de calor poderá ser uma das mais intensas do ano, superando até mesmo as registradas anteriormente em março, abril e maio. Saiba mais sobre essa previsão e como ela impactará o cotidiano dos brasileiros nas próximas semanas.
A partir do início de setembro, uma massa de ar quente e seco começará a se espalhar sobre o Brasil, afetando todas as regiões do país. Essa condição climática será responsável por elevar as temperaturas de maneira acentuada, provocando sensação de calor extremo e intensificando a seca em áreas que já enfrentam escassez de chuvas. Os meteorologistas alertam que essa massa de ar quente trará não apenas temperaturas elevadas, mas também umidade relativa do ar extremamente baixa, com índices comparáveis aos de desertos.
O fenômeno será sentido com mais força nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste, onde os termômetros poderão superar a marca dos 40ºC em algumas cidades. No Sul do país, embora o calor também seja significativo, o impacto será um pouco mais moderado devido à chegada de frentes frias ocasionais. Já no Norte, as altas temperaturas se somarão ao tempo seco, criando um cenário propício para queimadas, principalmente na região amazônica.
Os especialistas do ClimaTempo estimam que a onda de calor atual não será passageira. A expectativa é que o calor se prolongue até meados da segunda quinzena de setembro, sem previsão de alívio imediato. Durante esse período, o tempo seco prevalecerá, com poucas chances de chuvas significativas, especialmente no interior do país. Para a maioria das regiões, a chegada de precipitações deve ocorrer apenas no final de setembro ou início de outubro.
A falta de chuvas, aliada às altas temperaturas, contribui para a baixa umidade do ar, que pode cair abaixo de 12% em alguns momentos, um índice considerado crítico e prejudicial à saúde. Segundo os meteorologistas, essa combinação é particularmente perigosa para grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios. É recomendável que todos os cidadãos se mantenham bem hidratados, evitem atividades físicas intensas durante o período mais quente do dia e sigam orientações médicas para minimizar os impactos à saúde.
De acordo com o ClimaTempo, a atual onda de calor pode ser a mais intensa de 2024, tanto em termos de duração quanto de temperaturas. Em março e abril, o Brasil já havia enfrentado períodos de calor intenso, que impactaram diversas cidades com temperaturas acima da média. Em maio, uma nova onda de calor atingiu o país, provocando um aumento expressivo nos índices de queimadas e prejudicando a qualidade do ar.
Desta vez, no entanto, a previsão é de que as temperaturas sejam ainda mais altas e a seca ainda mais prolongada, o que eleva os riscos para a população e o meio ambiente. “Esta pode ser a onda de calor mais intensa em comparação com as duas anteriores de 2024, tanto em termos de duração quanto de temperaturas”, alertam os especialistas. O cenário exige atenção redobrada, principalmente para os estados que já sofrem com a falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios de água.
Impactos na saúde e dicas de proteção
A combinação de calor intenso e umidade baixa pode causar uma série de problemas de saúde, desde desidratação até complicações respiratórias e cardiovasculares. Em condições extremas, a exposição prolongada ao calor pode levar a quadros de exaustão e insolação, situações que requerem atendimento médico imediato. Por isso, é essencial adotar medidas preventivas para minimizar os efeitos do clima.
Algumas dicas para enfrentar o calor incluem:
- Hidratação constante: Beba muita água ao longo do dia, mesmo que não sinta sede. A desidratação pode ocorrer rapidamente em temperaturas elevadas.
- Ambientes frescos: Mantenha os ambientes ventilados e, se possível, use ventiladores ou ar-condicionado para amenizar o calor.
- Evite exposição ao sol: Prefira sair de casa nos horários de menor intensidade solar, entre o início da manhã e o final da tarde.
- Roupas leves: Use roupas claras, leves e de tecidos que permitam a transpiração.
- Proteção solar: Use chapéus, óculos escuros e protetor solar para se proteger dos raios ultravioleta.
Apesar do período prolongado de calor, há uma previsão de alívio temporário para algumas regiões do Brasil. A partir do dia 19 de setembro, uma frente fria deve avançar pelo país, trazendo uma leve queda nas temperaturas e um respiro para quem já estiver sofrendo com o calor extremo. No entanto, os meteorologistas alertam que essa mudança será passageira e não deve significar o fim do calor, que poderá retornar com força logo em seguida.
Essa frente fria, prevista para atingir inicialmente o Sul e parte do Sudeste, trará chuvas isoladas, que ajudarão a elevar um pouco a umidade do ar e reduzir temporariamente as temperaturas. Estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina poderão sentir esse efeito, mas em outras áreas, o impacto da frente fria será limitado.
Um dos principais problemas associados ao calor e à seca prolongada é o aumento das queimadas, especialmente em regiões como Amazônia, Cerrado e Pantanal. A falta de chuvas e a vegetação seca criam um ambiente altamente inflamável, facilitando a propagação de incêndios. Além dos danos diretos à flora e fauna, as queimadas contribuem para a degradação da qualidade do ar, afetando a saúde da população.
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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) tem monitorado os focos de incêndio e alertado para o aumento expressivo das queimadas neste período. As autoridades recomendam que a população evite o uso de fogo em áreas de vegetação e denuncie práticas irregulares, que podem agravar ainda mais a situação.