O legado das irmãs Garcia no handebol

Uma história de família marca as competições de handebol nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, realizados no município de Caçador. As irmãs trigêmeas Renata Garcia, Bruna Garcia e Gabriela Garcia são uma verdadeira sensação no cenário do handebol, não apenas por suas habilidades e conhecimento do esporte, mas também pelo forte laço familiar que as une dentro e fora das quadras.

Início da jornada no handebol

As irmãs Garcia cresceram em um ambiente onde o handebol sempre esteve presente. Desde muito novas, Renata, Bruna e Gabriela começaram a praticar a modalidade, inicialmente como atletas. A paixão pelo esporte foi crescendo e se consolidando, e elas passaram a sonhar em alcançar altos patamares no handebol.

Renata relembra: “Eu e as minhas irmãs somos trigêmeas e fomos atletas de handebol desde bem novas. A modalidade sempre fez parte da nossa vida familiar. Se imaginávamos chegar a ser árbitras internacionais? Não. Quando começamos, nosso objetivo era apenas ser atletas.”

Transição de atletas para árbitras

Com o passar do tempo, as irmãs Garcia perceberam que poderiam contribuir para o esporte de outra forma. A decisão de se tornarem árbitras foi um passo natural, motivado pelo desejo de continuar envolvidas com o handebol e pelo reconhecimento de suas habilidades técnicas e de liderança.

Atualmente, Renata e Bruna fazem parte do quadro da Federação Internacional de Handebol (IHF) e recentemente retornaram do campeonato mundial júnior realizado na Macedônia. Gabriela, a terceira irmã, também atua como árbitra, principalmente em competições nacionais.

O reconhecimento pelo trabalho das irmãs Garcia não se limita ao cenário nacional. Renata e Bruna têm participado de competições internacionais, destacando-se pela competência e pelo profissionalismo. O recente campeonato mundial júnior na Macedônia é um exemplo de como elas estão levando o nome do Brasil ao cenário global do handebol.

Bruna destaca sua identificação com o handebol feminino: “Eu particularmente tenho uma identificação maior com o handebol feminino, acho ele muito mais técnico e tático do que o handebol masculino. O meu grande sonho é ver o Brasil conquistar um campeonato mundial, seja no masculino ou no feminino.”

A vida de árbitra não é isenta de desafios. Como qualquer relação familiar, as irmãs Garcia enfrentam desentendimentos ocasionais dentro das quadras. No entanto, a resolução rápida dos conflitos e o forte vínculo entre elas garantem que esses momentos não afetem negativamente suas atuações.

Além disso, elas contam com o apoio de uma profissional de psicologia, que oferece suporte emocional tanto de forma online quanto presencialmente durante as competições. “Irmã já briga naturalmente, né? E na quadra muitas vezes acontece de a gente se desentender, porém nada fora do normal do esporte. O apoio psicológico nos prepara para os momentos de competição”, comenta Bruna.

Impacto no esporte e futuro

A história das irmãs Garcia é inspiradora não apenas pela superação dos desafios, mas também pelo impacto positivo que elas têm no handebol. Elas servem como modelos para jovens atletas e árbitras, mostrando que é possível alcançar grandes feitos com dedicação e paixão pelo esporte.

Renata e Bruna têm grandes expectativas para o futuro do handebol no Brasil. “Trabalhamos muito no Brasil para que o rúgbi cresça e ganhe seu espaço. Sabemos que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro por enquanto, apesar de termos esse sonho”, afirma Renata. A ambição de ver o Brasil como campeão mundial é uma motivação constante.

Recentemente, as trigêmeas atuaram juntas na partida de handebol masculino dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, entre as equipes de Chapecó e Itajaí. Esse evento é uma prova de como elas estão sempre presentes em importantes competições, contribuindo para o desenvolvimento do esporte no país.

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