Receber uma ligação de número desconhecido é algo cada vez mais frequente — e nem sempre seguro. Em meio ao aumento de golpes e tentativas de fraude por telefone, entender de onde vem um número pelo prefixo (DDD) pode ser a diferença entre se proteger ou cair em uma armadilha.
Os prefixos telefônicos, conhecidos como códigos DDD (Discagem Direta à Distância), indicam a origem geográfica da ligação. Cada número corresponde a uma área definida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e é usado em chamadas de longa distância dentro do país.
O DDD 11, por exemplo, pertence à região metropolitana de São Paulo; 21 ao Rio de Janeiro; 31 a Belo Horizonte; 41 a Curitiba; 51 a Porto Alegre; e 71 a Salvador. Esses códigos foram criados no final da década de 1960, quando o sistema de telefonia brasileiro passou a operar automaticamente, sem a necessidade de telefonistas.
No Brasil, o sistema vai de 11 a 99 e cobre todas as regiões, permitindo identificar a origem de qualquer número. Isso se tornou ainda mais importante com o avanço da telefonia móvel e o aumento das tentativas de golpe.
Como identificar a origem de um número pelo prefixo
Os códigos DDD são organizados de forma regional, seguindo uma lógica geográfica definida pela Anatel:
- Região Sudeste: 11 a 19 (São Paulo), 21 a 24 (Rio de Janeiro e Espírito Santo), 31 a 35 (Minas Gerais).
- Região Sul: 41 a 55, cobrindo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
- Região Centro-Oeste: 61 a 67, abrangendo Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
- Região Nordeste: 71 a 89, incluindo Bahia, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte.
- Região Norte: 91 a 99, representando Amazonas, Pará, Tocantins, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá.
Quando o número que te liga foge da região onde você mora ou apresenta prefixos incomuns, é importante desconfiar — especialmente se a chamada for insistente, automática ou incluir mensagens pedindo dados pessoais.
Prefixos mais usados em golpes telefônicos
Nos últimos anos, a Anatel e operadoras identificaram um aumento expressivo no uso de prefixos específicos para golpes por telefone. Criminosos se passam por bancos, órgãos públicos ou empresas conhecidas para tentar enganar as vítimas e obter informações sigilosas.

Entre os prefixos mais usados em fraudes estão:
- 011 (São Paulo – SP): usado em falsas centrais de atendimento e golpes bancários.
- 021 (Rio de Janeiro – RJ): comum em tentativas de fraude financeira e telemarketing abusivo.
- 031 (Minas Gerais – MG): aparece em falsas ofertas de crédito e empréstimos.
- 041 (Paraná – PR): usado em golpes de suporte técnico e atualização bancária.
- 061 (Distrito Federal – DF): associado a tentativas de fraude em nome de órgãos públicos.
- 071 (Bahia – BA) e 081 (Pernambuco – PE): usados em extorsões e cobranças falsas.
- Códigos internacionais (+223, +251, +254, +84): aplicados em golpes de “chamada perdida”, que geram cobranças internacionais automáticas.
Como se proteger de ligações suspeitas
Especialistas orientam nunca retornar chamadas de números desconhecidos, especialmente os que começam com “+”, indicando origem internacional. Também é importante evitar clicar em links enviados por SMS e jamais informar senhas, códigos ou dados pessoais por telefone.
É possível se proteger registrando o número no site www.naomeperturbe.com.br, que bloqueia ligações de telemarketing, e instalando aplicativos como Truecaller, Whoscall ou Hiya, que identificam chamadas suspeitas.
A Anatel reforça que bancos e instituições legítimas nunca pedem senhas, códigos ou transferências por telefone. Em caso de suspeita de golpe, o ideal é anotar o número, tirar um print e registrar boletim de ocorrência na polícia ou no portal www.gov.br/anatel.

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