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Novo salário afeta em outros benefícios – entenda

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A recente alteração do salário mínimo no Brasil, que passou de R$ 1.412 em 2024 para R$ 1.518 em 2025, trouxe mudanças significativas para vários benefícios e serviços baseados no piso nacional. O aumento de 7,5%, em vigor desde o dia 1º de janeiro, reflete diretamente em benefícios como o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as contribuições dos Microempreendedores Individuais (MEIs), entre outros.

Abono salarial PIS/Pasep

O abono salarial PIS/Pasep é um dos principais benefícios afetados. Com o novo piso, o valor passa a variar entre R$ 126,50, para quem trabalhou apenas um mês, e R$ 1.518, para quem teve atividade laboral durante os 12 meses do ano-base. O cronograma de pagamentos para 2025 já foi divulgado, com início em 17 de fevereiro para os nascidos em janeiro e término em 29 de dezembro. Ao todo, 25,8 milhões de trabalhadores serão beneficiados, movimentando R$ 30,7 bilhões.

Benefícios do INSS

Os benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também serão reajustados. Aposentadorias, pensões e auxílios, como o auxílio-doença, terão o novo salário mínimo como referência. Atualmente, mais de 40,6 milhões de benefícios são pagos pelo INSS, sendo 28,2 milhões no valor de até um salário mínimo. Este aumento impacta diretamente a maior parte dos beneficiários.

Benefício de Prestação Continuada (BPC)

O BPC, destinado a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência em situação de pobreza extrema, também foi atualizado. Agora, o benefício equivale ao novo piso de R$ 1.518. Para se enquadrar nos critérios de elegibilidade, a renda per capita familiar deve estar entre R$ 379,50 (correspondente a ¼ do salário mínimo) e R$ 759 (equivalente a ½ do salário mínimo). Além disso, novas regras de acesso incluem cadastramento biométrico e atualização de dados a cada dois anos.

Seguro-desemprego

O seguro-desemprego também sofreu mudanças. O valor mínimo, que segue a referência do salário mínimo, passou para R$ 1.518. Este benefício é pago a trabalhadores demitidos sem justa causa e continua proporcional à média salarial dos últimos três meses de trabalho.

Trabalho intermitente

Para trabalhadores intermitentes, que atuam em regime de trabalho esporádico, o salário-hora mínimo agora é de R$ 6,90, enquanto o valor diário foi ajustado para R$ 55,20. Esses valores garantem o cumprimento dos direitos trabalhistas e são proporcionais ao período efetivamente trabalhado.

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Cadastro Único (CadÚnico)

Os limites de renda para inscrição no Cadúnico também foram reajustados. Famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759) ou renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 4.554) podem se inscrever no programa, que é essencial para acessar benefícios como Bolsa Família, vale-gás e Tarifa Social de Energia Elétrica.

Seguro-defeso

O seguro-defeso, pago a pescadores artesanais durante os períodos de proibição da pesca, também foi ajustado para o novo piso de R$ 1.518. O benefício garante a subsistência desses trabalhadores enquanto preserva espécies em reprodução.

Contribuições dos MEIs

Os Microempreendedores Individuais (MEIs) também sentirão os efeitos do novo salário mínimo. A contribuição mensal, que corresponde a 5% do piso nacional, foi reajustada para R$ 75,90. Além disso, MEIs que atuam no comércio e na indústria pagarão R$ 1 adicional de ICMS, enquanto aqueles ligados a serviços contribuirão com mais R$ 5 de ISS.

Ações nos Juizados Especiais

Os limites para ajuizar ações nos Juizados Especiais também foram atualizados. No Juizado Especial Federal, o teto para ações sem advogado passou para R$ 91.080, equivalente a 60 salários mínimos. No Juizado Especial Cível, o limite é de R$ 30.360, ou 20 salários mínimos. Essas mudanças ampliam o acesso à Justiça para causas de menor valor.

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