A modernização da Aduana de Dionísio Cerqueira, em operação há quase um ano em sua nova estrutura, já apresenta resultados expressivos. Em 2024, o posto de fiscalização registrou recordes históricos de movimentação, destacando sua relevância estratégica para o comércio entre o Brasil e países vizinhos.
O delegado da Receita Federal, Arnaldo Bortezze, atribuiu o desempenho à infraestrutura modernizada e à ampliação de serviços. Ele destacou que a inauguração do novo Porto Seco trouxe novos fluxos de carga, atraindo empresas que antes evitavam a região devido à falta de estrutura adequada.
“A inauguração do Porto Seco atraiu cargas que antes evitavam a região, promovendo um movimento crescente. Empresas de outros portos migraram para Dionísio Cerqueira, atraídas pela agilidade e modernidade da nova estrutura. No início, a permissionária precisou contratar e treinar novos funcionários, o que demandou tempo para atender ao aumento expressivo da demanda.
A Receita Federal à época recebeu novos servidores e isso também contribuiu para o bom trabalho no novo Porto Seco. Empresas vieram por curiosidade, experimentaram e permaneceram, graças à agilidade e à nova estrutura”, afirmou Bortezze.
A integração de órgãos previstos pelo acordo do Mercosul também foi decisiva. Segundo Bortezze, a presença da Polícia Federal no Porto Seco para controle migratório eliminou deslocamentos que antes atrasavam os processos logísticos, contribuindo para um atendimento mais ágil e eficiente.
Os números confirmam o impacto da modernização. Em outubro, o fluxo de caminhões atingiu 2.257 veículos, o maior já registrado em um único mês na história da aduana.
Até novembro, 21.000 caminhões passaram pela fronteira, e a expectativa é superar 23.000 veículos até o final do ano, quebrando o recorde anterior de 2011, que era de 22.000.
Em termos financeiros, a movimentação de cargas somou mais de US$ 84 milhões apenas em outubro, e, no acumulado até outubro, o volume de importações e exportações alcançou US$ 794,6 milhões.
O delegado reforçou que o crescimento não se limita aos valores das cargas transportadas, mas principalmente ao aumento do número de veículos.
“Às vezes você tem uma carga única que vale um milhão de reais e vários caminhões de um produto de menor valor, então não podemos nos utilizar apenas de valor de importação e exportação em termos numéricos, mas nós devemos considerar o fluxo de caminhões que é o indicativo que temos de que o movimento está em crescimento.
Nós tivemos agora no mês de outubro um movimento recorde em toda a história do ano aqui de Dionísio Cerqueira. Foram 2.257 caminhões passando num único mês. Esse indicador reflete o aumento significativo no fluxo e na eficiência operacional”, explicou.
Bortezze reconheceu que o acréscimo inicial de movimentação exigiu adaptações. A permissionária do Porto Seco precisou contratar e treinar novos funcionários, enquanto a Receita Federal ganhou reforços de servidores coincidentes com a inauguração da nova estrutura.
Mesmo com um número de vagas maior em comparação à antiga estrutura, a modernização do espaço foi fundamental para atingir os novos patamares de eficiência e fluxo, consolidando a Aduana de Dionísio Cerqueira como um ponto estratégico para o comércio internacional no sul do Brasil.