A Starlink deu mais um passo importante em sua expansão global ao levar para a América Latina sua tecnologia de conexão por satélite “Direct-to-Cell” (D2C). O Chile foi escolhido como o primeiro país da região a receber o serviço, oferecido inicialmente em parceria com a operadora Entel, marcando o início do fim das áreas sem cobertura móvel no continente.
Com presença ainda restrita a menos de dez países — entre eles Estados Unidos, Japão e Canadá — o Direct-to-Cell se distingue por não exigir antenas parabólicas ou equipamentos externos. O próprio celular se conecta diretamente aos satélites, eliminando a dependência de torres convencionais de telefonia. Basta que o aparelho tenha visão livre para o céu.
Por meio de cerca de 650 satélites dedicados à funcionalidade D2C, a tecnologia promete manter a conexão mesmo em regiões onde tradicionalmente o sinal é inexistente. Isso inclui florestas, áreas rurais e até locais isolados como o Deserto do Atacama. A Starlink destacou a chegada ao Chile em publicação na rede social X: “O Chile é o primeiro país da América Latina a oferecer o Starlink Direct to Cell! De florestas a desertos, os usuários agora podem se manter conectados nas áreas mais remotas com a tecnologia de satélite para celular”.
Na fase inicial, o serviço no país está limitado ao envio de mensagens SMS, mas a empresa planeja liberar futuramente o uso de dados móveis pela mesma via. A cobertura está disponível para assinantes dos planos Entel de 150 GB e 450 GB, a partir de 12.990 pesos mensais (aproximadamente R$ 74,70), além dos clientes dos planos Entel Black.
Para acessar a conectividade via satélite, o usuário precisa utilizar um smartphone compatível. O site oficial da operadora oferece consulta para verificar os modelos aptos à tecnologia. A lista inclui mais de 40 aparelhos Samsung, uma quantidade considerável de dispositivos Xiaomi, além de opções de marcas como Honor, Vivo e Motorola. O curioso é que nenhum iPhone aparece entre os dispositivos suportados no lançamento.
A estreia da Starlink Direct-to-Cell na América Latina abre espaço para uma nova fase na conectividade móvel regional, aproximando a promessa de cobertura universal e independente de infraestrutura terrestre tradicional. A partir dessa inovação, a ideia de “zona sem sinal” começa a tornar-se parte do passado.

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