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Navio fantasma da Segunda Guerra é encontrado

Após quase 80 anos desaparecido, o destróier USS Stewart, um dos navios mais enigmáticos e com uma trajetória de serviço única durante a Segunda Guerra Mundial, foi finalmente encontrado nas profundezas do Oceano Pacífico, ao largo da costa da Califórnia. A descoberta desse “navio fantasma” foi possível graças a uma expedição conjunta envolvendo várias organizações, incluindo a Ocean Infinity, a Air/Sea Heritage Foundation e a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica). Localizado a uma profundidade de 1.067 metros no Santuário Nacional Marinho Cordell Bank, o USS Stewart surpreende não apenas por sua preservação, mas também por sua história cheia de reviravoltas.

O USS Stewart foi um dos raros navios que, após ser abandonado pelos americanos, foi recuperado pelas forças japonesas e voltou a operar durante a guerra sob o comando inimigo. Seu reaparecimento inesperado em combates após ser considerado perdido o tornou uma lenda, recebendo o apelido de “Navio Fantasma do Pacífico”.

A história do destróier USS Stewart

Construído em 1919, o USS Stewart foi projetado para ser parte integrante da frota de contratorpedeiros da Marinha dos EUA. Durante a Segunda Guerra Mundial, o navio integrou a Frota Asiática, atuando principalmente na defesa do Pacífico contra o avanço do Japão Imperial. Sua principal missão era proteger comboios e combater embarcações inimigas, operando de maneira ágil e eficaz em um teatro de guerra marcado por intensos combates navais.

Em 1942, o USS Stewart sofreu sérios danos durante uma batalha e, em um acidente subsequente, acabou encalhando em uma doca seca em Java, na Indonésia. Com a aproximação das forças japonesas, a tripulação foi forçada a abandonar o navio. À primeira vista, parecia que o USS Stewart estava condenado a ser apenas mais um destroço esquecido pela guerra.

O renascimento sob o comando japonês

No entanto, a história do USS Stewart não terminou em Java. Após a captura, o navio foi recuperado pela Marinha Imperial Japonesa, que o reparou e o renomeou como Barco de Patrulha No. 102. Sob nova bandeira, o destróier voltou a operar no Pacífico, desta vez lutando contra os antigos aliados. Esse evento inusitado fez do USS Stewart um dos poucos navios da história moderna a servir ativamente em duas marinhas inimigas durante um conflito.

O reaparecimento do USS Stewart nos combates surpreendeu as forças aliadas, que acreditavam que o navio havia sido perdido. Essa inusitada volta às operações militares sob o comando japonês alimentou a reputação do USS Stewart como um verdadeiro “navio fantasma”, surgindo inesperadamente em batalhas e desaparecendo logo em seguida.

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Com a derrota do Japão em 1945, o USS Stewart foi finalmente recuperado pela Marinha dos EUA. Após um processo de inspeção e avaliação, o navio foi considerado obsoleto e inadequado para voltar ao serviço ativo. Em 1946, em uma cerimônia final em São Francisco, o destróier foi deliberadamente afundado, encerrando sua extraordinária trajetória.

Durante décadas, o USS Stewart permaneceu perdido no fundo do oceano, até ser redescoberto em uma expedição de alta tecnologia, que utilizou drones subaquáticos e equipamentos de sonar de última geração para rastrear o fundo do Pacífico e localizar o naufrágio.

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A descoberta do “Navio Fantasma do Pacífico”

A missão para encontrar o USS Stewart não foi simples. A Ocean Infinity, uma empresa especializada em exploração subaquática, utilizou drones autônomos equipados com câmeras de alta definição e sensores de sonar para mapear detalhadamente a área de busca. Após meses de varreduras minuciosas, o destróier foi localizado a uma profundidade de 1.067 metros, ainda relativamente bem preservado.

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As imagens capturadas mostram que a estrutura do USS Stewart resistiu surpreendentemente bem às condições extremas do fundo do mar. A maior parte da carcaça do navio ainda está em pé, com algumas partes do convés e do casco ainda intactas. Isso oferece uma oportunidade única para os historiadores e engenheiros navais estudarem um exemplo raro do design de contratorpedeiros do início do século XX.

A descoberta do USS Stewart destaca os avanços significativos na exploração subaquática que ocorreram nos últimos anos. Equipamentos modernos, como drones subaquáticos e sonares de alta precisão, tornaram possível explorar áreas remotas e profundas do oceano com um nível de detalhe antes inimaginável. Essas tecnologias não apenas revelam mistérios do fundo do mar, mas também contribuem para a preservação da memória histórica de eventos importantes como a Segunda Guerra Mundial.

O uso de drones autônomos pela Ocean Infinity, por exemplo, foi fundamental para a localização de outros naufrágios históricos, como o Endurance, navio de Ernest Shackleton, encontrado em 2022. A descoberta do USS Stewart reforça o papel crucial dessas novas tecnologias em trazer à tona segredos submersos e ressaltar a importância de preservar a herança marítima.

O legado do USS Stewart

O USS Stewart não é apenas um símbolo dos conflitos do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial; ele representa a complexidade e as nuances da guerra naval. Sua trajetória, que incluiu a transição entre forças inimigas e o retorno às mãos americanas, ilustra como a guerra pode moldar o destino de homens e máquinas de maneiras inesperadas e paradoxais.

“O USS Stewart representa uma oportunidade única de estudar um exemplo bem preservado do design de contratorpedeiro do início do século XX. Sua história, do serviço da Marinha dos EUA à captura japonesa e vice-versa, o torna um símbolo poderoso da complexidade da Guerra do Pacífico”, afirmou o Dr. James Delgado, vice-presidente sênior da SEARCH, em entrevista ao portal Iflscience.

A redescoberta do destróier USS Stewart, também conhecido como o “Navio Fantasma do Pacífico”, encerra um capítulo importante da história naval do século XX. Sua trajetória fascinante, marcada por mudanças de bandeira e reaparições inesperadas, simboliza as complexidades e contradições da Segunda Guerra Mundial. Agora, localizado nas profundezas do Pacífico, o USS Stewart não é apenas um objeto de estudo para historiadores e arqueólogos marítimos, mas também um monumento submerso à resiliência e aos mistérios do passado.

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