Paraná intensifica mutirões de saúde em 2025 para reduzir filas por cirurgias eletivas, consultas e exames, reforçando a capacidade assistencial do SUS em todas as regiões do estado.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, ampliou de forma significativa em 2025 a estratégia de mutirões para acelerar os atendimentos em cirurgias eletivas, consultas e exames. Ao longo do ano, 83 mutirões foram realizados em diversas regiões do Paraná, mobilizando equipes extras, horários estendidos e estruturas específicas para atender a população do Sistema Único de Saúde. A iniciativa tem como objetivo reduzir o tempo de espera por procedimentos de média e alta complexidade, reforçando o compromisso com a ampliação do acesso à saúde pública.
Os mutirões são executados sem interferir na rotina hospitalar, pois ocorrem fora dos horários de funcionamento convencional e contam com equipes adicionais, salas cirúrgicas reservadas e organização prévia de plantões especiais. Essas ações não impactam cirurgias de urgência e emergência, nem ocupam vagas destinadas aos atendimentos diários. A estrutura é planejada para garantir a continuidade do trabalho regular e evitar sobrecarga aos profissionais que atuam nas unidades.
A estratégia integra o Opera Paraná, programa estadual que já recebeu mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos e que tem como foco reduzir as filas por procedimentos eletivos. Desde o fim de 2024, a Secretaria da Saúde e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior intensificaram as ações para acelerar consultas, exames e cirurgias em toda a rede hospitalar, reforçando agendas e ampliando a produção assistencial em hospitais universitários e serviços estaduais. Segundo o secretário da Saúde, Beto Preto, a iniciativa garante agilidade no atendimento sem comprometer a rotina hospitalar.
As ações contemplam diversas especialidades. No Hospital Zona Sul de Londrina e nas unidades que compõem o Complexo Hospitalar do Trabalhador, foram registradas 650 cirurgias realizadas por meio de mutirões. O Hospital Zona Sul encerra o ano com três mutirões infantis, voltados a procedimentos como postectomia, amígdalas e adenóide. Já o Complexo Hospitalar do Trabalhador mantém, ao longo do ano, mutirões frequentes para cirurgias de média e grande complexidade, envolvendo equipe especializada com atuação simultânea em cinco salas cirúrgicas.
Até o dia 24, o CHT acumulou 79 mutirões, incluindo procedimentos de joelho, cirurgias gerais, intervenções de mão, cirurgias de membro superior, coloproctologia, correções craniofaciais e próteses. Além disso, a 2ª Regional de Saúde de Curitiba realizou um mutirão específico, atendendo 148 pacientes com lesões suspeitas de câncer de pele, encaminhados pela fila dermatológica.
Os hospitais universitários também ampliaram o atendimento. No Norte do Estado, o Hospital Universitário Regional realizou mutirões em cirurgia pediátrica, oftalmologia e aparelho digestivo. Em Ponta Grossa, o Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais executou uma ação contínua para redução da fila ortopédica, atendendo 306 pacientes que aguardavam cirurgias como prótese de quadril, prótese de joelho e correções ligamentares. Em Cascavel, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná mantém, desde setembro de 2024, um contrato de aceleração cirúrgica que permitiu a realização de 4.983 procedimentos em áreas como ortopedia, urologia, cirurgia geral e vascular.
Os Hospitais Universitários de Maringá e Londrina também registraram crescimento expressivo na produção assistencial durante o ano, impulsionados pelo reforço das equipes e pela ampliação das agendas. O conjunto dessas ações, dentro do Opera Paraná, contribui para a redução contínua das filas de cirurgias eletivas, com mais de 1 milhão de procedimentos realizados no último ano e meio. Segundo a diretora de Contratualização e Regulação da Sesa, Raquel Mazetti Castro, o esforço conjunto dos hospitais, municípios e unidades contratualizadas tem permitido maior eficiência e agilidade no atendimento, reforçando os princípios do SUS de universalidade, integralidade e equidade.
As iniciativas seguem em andamento e deverão ser intensificadas nos próximos meses, com foco na redução das filas e na ampliação do acesso à assistência especializada em todas as regiões do Paraná.

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