A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, facilitando a comunicação, o trabalho e o acesso a informações. No entanto, para muitas mulheres que vivem em áreas rurais, o acesso ao conhecimento tecnológico ainda é um desafio.
Com o objetivo de promover a inclusão digital e oferecer ferramentas que possam transformar a vida dessas mulheres, o Governo do Paraná, por meio da Celepar, do IDR-Paraná e do Gabinete da Primeira-Dama, idealizou uma edição especial do Programa de Inclusão Digital, voltada exclusivamente para as mulheres do campo. O curso visa capacitá-las no uso de smartphones, ampliando suas possibilidades de comunicação, trabalho e autonomia.
A iniciativa não apenas ensina a utilizar funções básicas do celular, mas também busca empoderar essas mulheres, mostrando como a tecnologia pode ser uma grande aliada no dia a dia. O programa, que já beneficiou mais de 18 mil pessoas em cem municípios paranaenses desde sua criação em 2013, agora ganha um enfoque especial para atender às demandas das produtoras e trabalhadoras rurais, ampliando o alcance e o impacto social nas áreas rurais do estado.
Criado pela Celepar em 2013, o Programa de Inclusão Digital tem como principal objetivo reduzir as desigualdades no acesso à tecnologia e oferecer capacitação digital para diferentes públicos. Desde então, o programa já atendeu mais de 18 mil pessoas em cem municípios do Paraná, em parceria com órgãos estaduais, prefeituras, associações de moradores e instituições de ensino.
A edição voltada para as mulheres do campo representa um passo importante para a inclusão social e o empoderamento feminino nas áreas rurais. Para a primeira-dama do Paraná, Luciana Saito Massa, idealizadora do Programa Mulheres do Campo, a iniciativa é uma oportunidade valiosa para as participantes superarem barreiras e tornarem a tecnologia uma aliada em suas vidas. “Fico feliz em perceber que as nossas ações dentro do Estado estão chegando a todas as mulheres. Vivemos em um mundo conectado e hoje precisamos saber lidar com isso. Queremos abrir as portas da tecnologia também para as mulheres da zona rural”, ressalta Luciana.
O presidente da Celepar, Gustavo Garbosa, também destacou a importância do programa para a inclusão tecnológica nas áreas rurais. “O Programa de Inclusão Digital reflete nosso compromisso em reduzir a desigualdade no acesso à tecnologia, especialmente nas áreas rurais. Com essa iniciativa voltada para as mulheres do campo, queremos mostrar que a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa no dia a dia, promovendo mais autonomia e melhorando a qualidade de vida dessas trabalhadoras”, disse.
O acesso ao conhecimento tecnológico é um fator decisivo para o desenvolvimento econômico e social. No contexto rural, onde as distâncias e a falta de infraestrutura ainda representam barreiras, a inclusão digital se torna ainda mais relevante. Com os cursos oferecidos pelo Programa de Inclusão Digital, as mulheres do campo têm a oportunidade de aprender a utilizar as funções dos smartphones para facilitar o trabalho no campo e a gestão de suas atividades.
Durante as aulas, são ensinadas habilidades práticas como o uso de aplicativos de comunicação, acesso a informações sobre clima e mercado agrícola, além de funcionalidades para a gestão financeira e controle de produção. Essas ferramentas ajudam a otimizar o trabalho diário e a fortalecer a autonomia das mulheres na administração de suas propriedades.
Para muitas participantes, essa capacitação representa um primeiro contato com a tecnologia de forma orientada e prática, desmistificando o uso dos dispositivos móveis e mostrando como eles podem ser integrados à rotina de forma produtiva. “O programa vai além do simples uso do celular. Ele nos ensina a utilizar a tecnologia como aliada no trabalho e na vida pessoal, nos dando mais autonomia e segurança para tomar decisões”, afirma Maria Silva, produtora rural e uma das participantes da primeira turma do curso.
O Programa de Inclusão Digital para as mulheres do campo será implementado em etapas. A partir de 8 de outubro, serão oferecidos cursos rápidos em cinco municípios do Paraná: Corumbataí, Barbosa Ferraz, Santa Cruz de Monte Castelo, Loanda e Cianorte. As turmas terão até 30 participantes e as aulas, com duração de três horas, contarão com atividades teóricas e práticas, além de material de apoio.
As participantes aprenderão desde funções básicas, como envio de mensagens e uso de redes sociais, até o manuseio de aplicativos específicos para o trabalho no campo, como gestão de safra e controle de produção. A ideia é que as aulas sejam interativas e lúdicas, permitindo que as mulheres apliquem o que aprenderam em situações do dia a dia.
Após a primeira fase, o programa se expandirá para outros municípios em novembro, contemplando as cidades de Francisco Beltrão, Dois Vizinhos, Coronel Vivida e Inácio Martins. A expectativa é de que o projeto se torne permanente e se estenda para mais regiões nos próximos anos, promovendo um impacto ainda maior na inclusão digital das mulheres rurais.
O Programa Mulheres do Campo, criado pelo Governo do Paraná em parceria com o Gabinete da Primeira-Dama, visa promover a autonomia econômica das mulheres que atuam no meio rural. A iniciativa vai além da capacitação digital, oferecendo suporte para o acesso a programas de fomento produtivo e de crédito rural, capacitação para gestão e cooperativismo e priorização das mulheres em programas de compras públicas da agricultura familiar.
Com diretrizes que buscam fortalecer a participação feminina na economia rural, o programa contempla não apenas produtoras de agricultura familiar, mas também assentadas da reforma agrária, extrativistas, pescadoras artesanais, aquicultoras, além de mulheres de comunidades indígenas e quilombolas.
A inclusão produtiva e a qualificação profissional dessas mulheres são fundamentais para o desenvolvimento sustentável das áreas rurais. Segundo a primeira-dama Luciana Saito Massa, o programa busca transformar o papel das mulheres no campo, oferecendo oportunidades para que elas se tornem protagonistas de suas próprias histórias e impulsionem o crescimento de suas comunidades.
Com a implementação do Programa de Inclusão Digital, espera-se que as participantes adquiram mais confiança no uso das tecnologias e possam aplicá-las em suas rotinas de trabalho e na vida pessoal. O impacto do programa deve ir além do conhecimento prático, promovendo um efeito multiplicador nas comunidades rurais e inspirando outras mulheres a buscar capacitação e oportunidades de desenvolvimento.
No entanto, ainda há desafios a serem superados. O acesso à internet de qualidade e a falta de dispositivos adequados em algumas regiões rurais são barreiras que limitam a efetividade dos programas de inclusão digital. Para contornar esses obstáculos, o governo estadual e as entidades parceiras devem continuar investindo em infraestrutura e na disseminação do conhecimento tecnológico.