Uma situação inusitada na Espanha chamou atenção do público e colocou em questão a precisão dos diagnósticos médicos. Uma idosa, declarada morta pelo Hospital Joan March, em Bunyola, na Espanha, surpreendeu os funcionários de uma funerária em Maiorca ao demonstrar sinais de vida durante os preparativos para o velório. O caso foi relatado pelo jornal espanhol ABC.
Na última sexta-feira, a mulher foi dada como morta no Hospital Joan March. Seguindo o protocolo padrão, o hospital notificou uma funerária local para remover o corpo e dar continuidade às formalidades de despedida. Os funcionários da agência levaram o suposto corpo para suas instalações em Son Valentí, na cidade de Palma. Foi durante os preparativos que um detalhe desconcertante aconteceu: a mulher, que deveria estar sem sinais vitais, mexeu os dedos.
A reação imediata dos funcionários foi acionar os serviços de emergência. Equipes médicas chegaram rapidamente à funerária e, para a surpresa de todos, confirmaram que a idosa ainda apresentava pulso. Ela foi prontamente encaminhada de volta ao hospital, onde foi readmitida na ala de cuidados paliativos.
A família da idosa foi notificada sobre o erro, o que gerou misto de alívio e perplexidade. Embora a paciente continue em estado de saúde muito debilitado, o incidente trouxe à tona questões éticas e médicas. Como um erro tão grave pode ter ocorrido? Que medidas poderiam evitar situações semelhantes no futuro?
Especialistas afirmam que declarações de óbito requerem extrema precaução, especialmente em pacientes com condições que podem mascarar sinais vitais. O caso da idosa em Maiorca destaca a importância de um diagnóstico rigoroso e o uso de tecnologias para confirmar a ausência de atividade vital.
O incidente na Espanha não é um caso isolado. Em diversas partes do mundo, erros médicos envolvendo declaração de óbito já foram registrados. Fatores como pressão nas equipes de saúde, protocolos insuficientes e limitações tecnológicas contribuem para essas ocorrências.
Em um estudo publicado pela World Journal of Clinical Cases, especialistas apontaram que sinais como pulso fraco, respiração superficial e hipotermia podem dificultar a confirmação da morte. Equipamentos inadequados ou interpretação errônea dos dados também são apontados como causas frequentes de erros.