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Mortes em rodovias federais crescem 16% desde 2020, alerta PRF

Acidentes fatais nas estradas voltam a subir no Brasil; nos últimos anos, 27 mil pessoas morreram, aponta levantamento da PRF.

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O número de mortes em rodovias federais brasileiras voltou a crescer nos últimos anos, após um período de queda contínua. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, entre 2020 e 2024, 27.920 pessoas perderam a vida nas estradas do país. O aumento da letalidade no trânsito foi de 16% no período, passando de 5.292 mortes em 2020 para 6.160 em 2024 — o equivalente à população inteira do município de Juquitiba (SP).

De janeiro a agosto de 2025, o total de vítimas permaneceu praticamente estável em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, com 3.973 mortes registradas — uma leve queda de 0,5%. Apesar disso, a PRF alerta que os acidentes fatais continuam em patamar elevado, principalmente entre motociclistas e motoristas de automóveis.

O acidente que deixou 17 mortos na BR-423, em Pernambuco, é um dos mais graves do ano. Mesmo assim, passageiros de ônibus representam uma pequena parcela das vítimas fatais nas rodovias. Em 2024, foram 406 mortes em acidentes envolvendo coletivos, menos de 7% do total. Os automóveis responderam por 35% das mortes (2.210 vítimas), e as motocicletas, por 33% (2.024 vítimas).

Entre janeiro e junho de 2025, os acidentes com motocicletas continuaram sendo a principal preocupação da PRF. Foram mil mortes e cerca de 18 mil feridos em apenas seis meses — aumento de 1,3% em comparação ao mesmo período de 2024. A corporação aponta que a ausência ou a reação tardia de condutores foi a principal causa de 2.343 colisões envolvendo motociclistas no primeiro semestre.

Apesar da redução de menos de 1% na letalidade geral, houve uma expressiva queda no número total de acidentes registrados nas rodovias federais. De janeiro a agosto, foram 47.181 ocorrências, número significativamente menor que o do ano anterior.

O Brasil havia experimentado sete anos consecutivos de redução nas mortes em rodovias federais, entre 2011 e 2018, antes de retomar a tendência de alta. O pico histórico foi registrado em 2011, com 8.675 vítimas fatais.

O caso mais recente de grande repercussão ocorreu na BR-423, em Pernambuco. O ônibus, que seguia de Santa Cruz do Capibaribe (PE) para Brumado (BA), perdeu o controle, atingiu rochas e tombou, deixando 17 mortos e 17 feridos. O veículo transportava 33 pessoas que voltavam de compras em um polo de confecções. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

Acidentes fatais nas estradas voltam a subir no Brasil; nos últimos anos, 27 mil pessoas morreram, aponta levantamento da PRF.

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