Morre Beto do Pandeiro, compositor da Unidos da Tijuca responsável por sambas marcantes do carnaval carioca. Escola lamenta a perda do artista.
O samba perdeu uma de suas vozes marcantes. Morreu nesta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro, o compositor Paulo Roberto da Silva Carvalho, conhecido como Beto do Pandeiro, um dos principais nomes da ala de compositores da Unidos da Tijuca ao longo das últimas décadas. A causa da morte não foi divulgada pela agremiação. O sepultamento ocorreu no fim da tarde, no Cemitério do Catumbi, região central da capital fluminense.
Beto do Pandeiro foi presença constante na história recente da azul e amarelo do Morro do Borel. Ele chegou à escola ainda jovem, como passista, no início dos anos 1980. Talentoso, disciplinado e apaixonado pela festa, migrou para a ala de compositores antes do fim daquela década, onde encontrou seu espaço definitivo. Ali, tornou-se uma referência dentro da comunidade tijucana, ajudando a construir enredos marcantes com a força da música.
Seu legado está eternizado em sambas que se tornaram trilha sonora essencial de alguns dos desfiles mais lembrados da Unidos da Tijuca. Entre eles, “Templo do Absurdo – Bar Brasil”, “De Portugal à Bienal no País do Carnaval”, “Guanabaram, o Seio do Mar”, “Só Rio é Verão” e “Ganga-Zumbi” — obras que demonstram sua versatilidade e a capacidade de dialogar com diferentes propostas artísticas.
A escola se manifestou oficialmente nas redes sociais, lamentando a perda de um importante representante de sua história:
“A Unidos da Tijuca lamenta a morte de Paulo Roberto da Silva Carvalho, o nosso Beto do Pandeiro, autor de cinco sambas-enredo de nossa escola e grande figura de nossa comunidade.”
⏤ Uma despedida silenciosa, mas repleta de gratidão
Apesar de discreto e avesso aos holofotes, Beto era reconhecido por sua dedicação às raízes do samba. Músicos, ritmistas e compositores da agremiação têm compartilhado homenagens, destacando seu companheirismo e paixão pela cultura popular.
Seu nome se junta agora a tantos outros artistas que ajudaram a moldar a identidade do carnaval carioca — um patrimônio cultural que atravessa gerações.
A Unidos da Tijuca não informou a idade do compositor, mas reforçou que seguirá prestando homenagens ao artista e à importância de sua contribuição para a escola.

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