Heloisa L 28 1

Mistério dos cães azuis em Chernobyl é esclarecido: cientistas revelam origem inusitada da cor

Cães azulados em Chernobyl: a verdade por trás da cor que impressionou o mundo

Entre em nosso grupo de notícias no WhatsApp

A imagem de cães com pelagem azul, circulando pelas áreas abandonadas de Chernobyl, provocou espanto e alimentou teorias de mutação radioativa nas redes sociais. O cenário da antiga usina nuclear reforçou ainda mais o imaginário popular, que rapidamente associou a tonalidade incomum à radiação do local. Porém, segundo novos relatos e análises, a coloração não tem origem biológica nem é resultado de contaminação genética.

De acordo com voluntários que atuam no resgate e monitoramento dos animais na zona de exclusão, os cães teriam se esfregado em resíduos de um banheiro químico que caiu no local. A substância presente nesses equipamentos seria responsável por tingir o pelo temporariamente, alterando a cor de forma superficial.

Especialistas descartam ligação com radiação

O biólogo Timothy A. Mousseau, pesquisador reconhecido por estudos de longo prazo sobre fauna em ambientes contaminados, reforçou que não há qualquer evidência científica de que a cor esteja associada aos efeitos da radiação. Embora a região apresente impactos ambientais significativos desde o desastre de 1986, o caso dos cães azuis não se relaciona a mutações ou alterações causadas pela exposição atômica.

Nas redes sociais, a hipótese de “cães mutantes” ganhou grande repercussão, mas foi rapidamente contestada por organizações de proteção animal que atuam na área. A tentativa de associar o fenômeno a riscos radioativos foi classificada como boato e desinformação.

ONGs esclarecem e alertam

Grupos locais dedicados ao cuidado da população de cães abandonados explicaram que os animais vivem sem supervisão, têm contato com diversos tipos de resíduos e podem se sujar com materiais industriais ainda presentes em construções deterioradas. A coloração azul, segundo os voluntários, foi acidental e tende a desaparecer conforme o pelo é trocado ou lavado com o tempo.

As organizações, além de desmentirem rumores, alertam para a necessidade de apoio contínuo aos animais da região, destacando que muitos enfrentam frio intenso, falta de alimento e risco de contaminação sanitária — problemas reais que acabam ofuscados por teorias sensacionalistas.

Mistério dos cães azuis em Chernobyl é esclarecido: cientistas revelam origem inusitada da cor

Reprodução/redes sociais

LEIA MAIS:TDAH: diagnóstico correto ou excesso de medicalização? O que a ciência e a sociedade ainda precisam entender

LEIA MAIS:Como a desidratação leve afeta o humor e a produtividade: o que a ciência descobriu e ninguém te contou

LEIA MAIS:Como funciona um detector de mentiras? A ciência por trás da tecnologia mais controversa do mundo

Rolar para cima
Copyright © Todos os direitos reservados.