Ministério da Saúde investiga primeiro caso de morte suspeita por Febre Oropouche em SC

O Ministério da Saúde investiga a primeira morte suspeita por Febre Oropouche em Santa Catarina. A informação foi confirmada pela pasta ao NSC Total na manhã desta segunda-feira (22). Além do Estado, outros três óbitos estão sendo apurados na Bahia e Maranhão.

Segundo o superintendente da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria do Estado de Saúde (SES), Fabio Gaudenzi, há uma morte em investigação referente a um morador do Paraná que tinha histórico de viagem à região de Blumenau, em Santa Catarina, no período de incubação da doença. Ele foi diagnosticado no Paraná e a doença evoluiu para óbito também no estado vizinho.

O Ministério da Saúde não confirmou se o caso citado pela Dive é o mesmo investigado pela pasta. “Para se confirmar um óbito pela doença, é preciso uma avaliação criteriosa dos aspectos clínicos epidemiológicos considerando o histórico pregresso do paciente e a realização de exames laboratoriais específicos”, disse o ministério, em nota, sem informar quando os resultados do exame serão publicados.

A Febre Oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim. Até o dia 16 de julho, 141 casos tinham sido confirmados em Santa Catarina. Somente em Luiz Alves, no Vale do Itajaí, 65 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

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A Febre Oropouche é uma doença transmitida principalmente pelo mosquito conhecido como maruim

Veja as cidades com casos confirmados em SC

Antônio Carlos – 2 casos
Benedito Novo – 1 caso
Blumenau – 9 casos
Botuverá – 35 casos
Brusque – 7 casos
Corupá – 3 casos
Guabiruba – 1 caso
Guaramirim – 1 caso
Ilhota – 5 casos
Jaraguá do Sul – 1 caso
Luiz Alves – 65 casos 
São Martinho –  1 caso
Schroeder – 7 casos
Tijucas – 2

Sintomas e tratamentos

Os sintomas são repentinos e parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Em cerca de 60% dos pacientes, algumas manifestações, como febre e dor de cabeça, persistem por duas semanas. Não há tratamento para a doença.

A prevenção é feita a partir da proteção contra os mosquitos transmissores. Conforme a Dive, não há tratamento específico para os infectados com a doença. Os pacientes devem permanecer em repouso, com acompanhamento da rede municipal de saúde.

A Febre Oropouche foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960. Depois disso, foram relatados casos isolados e surtos, principalmente na região amazônica. Também ocorreram registros da doença no Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. Com a ampliação da investigação da infecção no país, foram confirmados 7.044 casos, com transmissão local em 16 estados.

Fonte: NSC