Criança de 10 anos perdeu a visão do olho direito após agressões em escola municipal do Rio; mãe denuncia bullying recorrente. Caso é investigado pela Polícia Civil.
Um menino de 10 anos perdeu a visão do olho direito após sofrer agressões dentro de uma escola municipal no Rio de Janeiro. A denúncia foi feita pela mãe da criança, que relatou que o filho é vítima de bullying desde 2023 e já havia sofrido outros episódios de violência no ambiente escolar. O caso mais recente, registrado em 18 de novembro, resultou em lesões graves após a criança ser atingida por chutes e por um soco no rosto.
A mãe afirmou que o menino tem uma diferença nos olhos decorrente de uma deficiência, o que teria motivado provocações recorrentes por parte de colegas. Segundo ela, o filho sofreu ao menos quatro agressões desde o ano passado, incluindo um deslocamento do nariz e uma fratura no pé. Ainda de acordo com a família, os agressores seriam alunos mais velhos, e as denúncias feitas à direção da escola não teriam resultado em medidas efetivas.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio informou que o aluno recebeu atendimento imediato na escola e foi encaminhado ao hospital mais próximo, sendo posteriormente transferido para o Hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade. A pasta também confirmou que instaurou sindicância para apurar o histórico do caso e que o aluno apontado como autor da agressão foi transferido para outra unidade escolar. A secretaria afirmou ainda que ações permanentes de prevenção à violência e ao bullying são desenvolvidas pelo Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Escolas, que atua com psicólogos, assistentes sociais e pedagogos.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, informou que o caso está sob investigação e que diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias das agressões. A mãe afirmou que os filhos estão com medo de retornar à escola e reforçou que buscou ajuda da instituição diversas vezes sem obter retorno satisfatório.
As autoridades seguem acompanhando o caso, que trouxe nova atenção ao debate sobre segurança, prevenção à violência e acolhimento de alunos na rede pública de ensino do Rio de Janeiro.
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