Poucas bandas na história da música conseguem traduzir tão bem os dilemas da existência, as dores da juventude e a melancolia cotidiana como os britânicos do The Smiths. Formada nos anos 80, a banda deixou um legado atemporal que segue encantando gerações ao redor do mundo. Com letras poéticas, irônicas e muitas vezes devastadoras, somadas às melodias brilhantes de Johnny Marr, o grupo se tornou um dos pilares da cena indie e alternativa.
This Charming Man
Um clássico que representa o lado mais dançante e espirituoso dos Smiths. This Charming Man traz riffs de guitarra absolutamente icônicos e uma letra cheia de ambiguidade, humor britânico e charme. A faixa é considerada um dos grandes hinos da banda, carregada de energia e ironia, além de ser porta de entrada para muitos fãs.
How Soon Is Now?
How Soon Is Now? talvez seja a música mais experimental e inovadora da banda. Sua introdução marcada por uma guitarra hipnótica e distorcida é inconfundível. A canção fala sobre isolamento, insegurança e a eterna busca por conexão. É, sem dúvidas, uma das músicas mais sombrias, intensas e reverenciadas da história do rock alternativo.
Please, Please, Please, Let Me Get What I Want
Uma canção curta, direta e devastadora. Please Please Please Let Me Get What I Want encapsula como poucas o sentimento de frustração, desejo e esperança. Com pouco mais de dois minutos, a faixa entrega uma das letras mais tocantes já escritas, embalada por uma melodia melancólica que se fixa na memória de quem ouve.
Heaven Knows I’m Miserable Now
A música que sintetiza a estética dos Smiths: humor ácido, crítica social e um olhar sarcástico sobre a própria existência. Heaven Knows I’m Miserable Now é uma reflexão sobre o vazio das expectativas e o desencanto da vida adulta. A letra é brilhante e espirituosa, enquanto a guitarra de Marr mantém uma leveza que contrasta com o peso das palavras.
The Boy With The Thorn In His Side
Um hino sobre rejeição, incompreensão e a luta por ser ouvido. The Boy With The Thorn In His Side é quase uma autobiografia da relação dos Smiths com a indústria musical e com o próprio mundo. Marr entrega aqui uma linha de guitarra absolutamente encantadora, enquanto Morrissey canta sobre vulnerabilidade e resistência com sua melancolia habitual.
Bigmouth Strikes Again
Abrindo a lista, Bigmouth Strikes Again é uma das músicas mais enérgicas e irônicas dos Smiths. Com uma guitarra vibrante e uma batida acelerada, a faixa fala sobre os problemas causados pelas palavras impensadas, tema que dialoga diretamente com a personalidade controversa de Morrissey. A canção mistura humor ácido, autocrítica e crítica social em doses perfeitas.
Conclusão
O The Smiths segue sendo uma banda indispensável para quem busca na música mais do que simples entretenimento — uma verdadeira experiência estética e emocional. Essas seis músicas representam o melhor da banda, tanto em termos de composição quanto de impacto cultural. Se você nunca ouviu, permita-se essa experiência.
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