Enem pode ser expandido para países do Mercosul, segundo o MEC, que estuda aplicar o exame internacionalmente a partir de 2026
O Ministério da Educação anunciou que estuda levar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para outros países do Mercosul a partir de 2026. A proposta, que ainda está em fase de análise, abre caminho para que brasileiros residentes no exterior tenham acesso facilitado ao exame, ampliando a integração educacional entre os países do bloco. O ministro Camilo Santana destacou que o segundo dia de provas deste ano ocorreu sem incidentes relevantes e afirmou que as mudanças previstas para os próximos ciclos já estão em avaliação pela equipe técnica.
A possibilidade de internacionalizar o Enem também dialoga com a necessidade de modernização do processo, especialmente diante do crescimento de brasileiros vivendo fora do país e do interesse em fortalecer políticas de mobilidade acadêmica no bloco. O Ministério da Educação reforçou que a expansão ainda não está definida, mas adiantou que o modelo digital do exame está entre as alternativas estudadas para viabilizar a operação fora do Brasil.
Enem internacional e estudos sobre formato digital
Quem detalhou a proposta foi Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ele afirmou que o órgão analisa não apenas a logística internacional, mas também a adoção de uma versão digital que tornaria o processo mais simples, seguro e padronizado entre os países do Mercosul. Segundo Palacios, a medida pode ampliar o alcance do exame e reduzir custos operacionais, mantendo os critérios técnicos tradicionais do Enem.

O papel do Inep na execução do exame
O Inep é uma autarquia federal responsável pela elaboração, aplicação e análise de grandes avaliações nacionais, incluindo o Enem. Sua atuação envolve planejamento pedagógico, impressão e distribuição das provas, segurança dos dados, consolidação de resultados e produção estatística. Para a possível aplicação internacional, o Inep desempenhará papel central, especialmente na padronização das avaliações e no suporte logístico aos países participantes do Mercosul.
Outras mudanças previstas para 2026
Além da expansão internacional, o MEC anunciou que o Enem passará a ter função avaliativa do Ensino Médio brasileiro, ajudando a medir o aprendizado nacional. O novo papel não substituirá o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que continuará sendo aplicado bianualmente. O objetivo é que os dois instrumentos se complementem na análise das políticas educacionais.
No exame deste domingo (16), os participantes responderam questões de Ciências da Natureza e Matemática. A prova ocorreu das 13h30 às 18h30, em mais de 1.800 municípios, com cerca de 11 mil locais de aplicação e 164 mil salas, mobilizando mais de 300 mil colaboradores. As taxas de presença ainda não haviam sido consolidadas, mas os números preliminares indicam abstenção semelhante à do primeiro dia, que foi de 27%.
Segundo o MEC, o desempenho organizacional do exame reforça a viabilidade das futuras mudanças, especialmente aquelas que envolvem expansão digital e internacionalização. O governo acredita que o novo formato tornará o Enem mais alinhado às realidades do Ensino Médio e mais acessível a estudantes brasileiros no exterior.

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