O cinema é uma indústria cheia de glamour, grandes astros e orçamentos exorbitantes. No entanto, nem sempre um elenco renomado, efeitos visuais deslumbrantes ou diretores consagrados garantem sucesso nas bilheterias. Ao longo da história do cinema, muitos filmes se destacaram não pelo seu sucesso, mas por serem grandes fracassos de bilheteria.
Esses “desastres” nas telas envolvem produções que, mesmo contando com grandes investimentos, acabaram sendo um prejuízo para os estúdios. Seja por má recepção do público, críticas negativas ou campanhas de marketing mal direcionadas, alguns filmes simplesmente não conseguiram recuperar seu investimento, deixando marcas profundas na história de Hollywood.
1. John Carter (2012)
Com base nos livros de Edgar Rice Burroughs, “John Carter” foi uma tentativa ambiciosa da Disney de lançar uma nova franquia de ficção científica. A produção exagerada e o orçamento de 263 milhões de dólares, aliado a uma campanha de marketing confusa, resultaram em um filme que não soube se comunicar com o público. Embora a crítica tenha elogiado alguns aspectos visuais, a trama complicada e personagens sem carisma fizeram com que o público não se conectasse com o filme.
Causas do fracasso: Falta de clareza no marketing, má recepção do público jovem e concorrência de outras produções na época.
2. O Cavaleiro Solitário (2013)
Depois do sucesso de “Piratas do Caribe”, a Disney tentou mais uma vez reviver uma franquia antiga, desta vez com “O Cavaleiro Solitário”, estrelado por Johnny Depp. No entanto, a mistura de faroeste com um estilo de aventura cômica não foi bem aceita. Com um orçamento de 250 milhões de dólares, o filme arrecadou apenas 260 milhões, gerando um prejuízo significativo após considerar os gastos com marketing.
Causas do fracasso: Um enredo que oscilava entre comédia e drama, além de uma desconexão com o público-alvo.
3. Rei Arthur: A Lenda da Espada (2017)
Dirigido por Guy Ritchie, “Rei Arthur: A Lenda da Espada” foi uma tentativa de modernizar a clássica lenda medieval e transformá-la em uma franquia de ação ao estilo de “Sherlock Holmes”. O resultado foi uma mistura de estilos que não agradou ao público, e o filme, que custou 175 milhões de dólares, arrecadou apenas 148 milhões nas bilheterias.
Causas do fracasso: Uma abordagem estilística que não combinou com a expectativa de um filme de fantasia medieval e forte concorrência de outras grandes produções.
4. As Aventuras de Pluto Nash (2002)
Este filme de ficção científica estrelado por Eddie Murphy é frequentemente mencionado como um dos maiores fracassos de bilheteria da história. Com um orçamento de 100 milhões de dólares, arrecadou míseros 7,1 milhões. “As Aventuras de Pluto Nash” foi criticado por seu roteiro fraco e falta de humor, além de ser lançado em um período em que o interesse por ficção científica leve e cômica era baixo.
Causas do fracasso: Falta de apelo e um roteiro que não conseguia sustentar a premissa cômica.
5. O Destino de Júpiter (2015)
Depois do sucesso da trilogia “Matrix”, os irmãos Wachowski tentaram novamente conquistar o público com “O Destino de Júpiter”. Embora o filme tenha impressionado com seus efeitos visuais e cenários grandiosos, seu enredo convoluto e personagens mal desenvolvidos alienaram o público. Com um orçamento de 176 milhões de dólares, o filme arrecadou apenas 183 milhões.
Causas do fracasso: Enredo confuso e personagens pouco carismáticos, além de uma premissa que não atraiu o público mainstream.
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6. A Ilha da Garganta Cortada (1995)
Este filme de piratas, estrelado por Geena Davis e dirigido por Renny Harlin, se tornou sinônimo de fracasso de bilheteria. “A Ilha da Garganta Cortada” teve um orçamento inflado de 98 milhões de dólares, mas arrecadou apenas 10 milhões nas bilheterias. Sua produção foi marcada por problemas, incluindo mudanças no elenco e no roteiro, o que contribuiu para sua ruína.
Causas do fracasso: Produção conturbada e falta de apelo para o público da época.
7. King Arthur: O Poder da Excalibur (2004)
Antes de Guy Ritchie, outra tentativa de reviver a lenda de Arthur chegou aos cinemas com este filme de 2004, que pretendia ser uma versão mais realista da história. No entanto, o público não se interessou, e o filme, que custou 120 milhões de dólares, conseguiu apenas 203 milhões de retorno global, o que mal cobriu os gastos com marketing.
Causas do fracasso: Um enredo que não conseguiu se diferenciar de outras adaptações do Rei Arthur e falta de inovação.
8. Hugo (2011)
“Hugo”, dirigido por Martin Scorsese, foi um experimento visual em 3D que conquistou a crítica, mas não o público em geral. Apesar das aclamações por sua beleza visual e pelas performances, o filme não conseguiu atrair espectadores o suficiente para justificar seu orçamento de 150 milhões de dólares. Com uma arrecadação de 185 milhões, foi considerado um fracasso financeiro.
Causas do fracasso: Um apelo mais artístico do que comercial e um público-alvo limitado.
9. Pan (2015)
“Pan” foi uma tentativa de modernizar a história de Peter Pan, mas a crítica e o público não compraram a ideia. O filme teve um orçamento de 150 milhões de dólares, mas arrecadou apenas 128 milhões, não conseguindo cobrir os altos custos de produção e marketing.
Causas do fracasso: Repetição de uma história já conhecida sem grandes inovações e falta de interesse do público por reinterpretações de contos clássicos.
10. Mortal Engines (2018)
Produzido por Peter Jackson, “Mortal Engines” foi uma aposta no gênero de ficção científica pós-apocalíptica. Apesar de ter efeitos visuais impressionantes, o filme falhou em criar uma narrativa envolvente para o público, o que resultou em um fracasso nas bilheterias. Com um orçamento de 100 milhões de dólares, arrecadou apenas 83 milhões mundialmente.
Causas do fracasso: Enredo inconsistente e dificuldade de se destacar em um gênero saturado.
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11. O 13º Guerreiro (1999)
Estrelado por Antonio Banderas, “O 13º Guerreiro” é baseado em “Eaters of the Dead”, de Michael Crichton. A produção foi marcada por refilmagens e atrasos, o que aumentou seu orçamento para 160 milhões de dólares. No entanto, o público não mostrou interesse, e o filme arrecadou apenas 61 milhões.
Causas do fracasso: Problemas de produção e uma história que não cativou o público.
12. Cats (2019)
A adaptação cinematográfica do musical “Cats” foi duramente criticada desde o lançamento de seu primeiro trailer, que foi recebido com perplexidade pelo público. Com um orçamento de 95 milhões de dólares, o filme arrecadou apenas 75 milhões. As críticas focaram principalmente nos efeitos visuais estranhos e na falta de conexão emocional com os personagens.
Causas do fracasso: Efeitos visuais estranhos e a incapacidade de traduzir o sucesso do musical para as telonas.
13. R.I.P.D. – Agentes do Além (2013)
Estrelado por Ryan Reynolds e Jeff Bridges, “R.I.P.D.” foi uma tentativa de combinar ação sobrenatural com comédia. O filme teve um orçamento de 130 milhões de dólares, mas arrecadou apenas 78 milhões, sendo amplamente criticado por sua trama previsível e falta de originalidade.
Causas do fracasso: Comparação desfavorável com outras franquias de sucesso, como “MIB: Homens de Preto”, e um enredo sem inovação.
14. Speed Racer (2008)
Dirigido pelos Wachowski, “Speed Racer” tentou capturar o estilo visual dos animes com uma estética única e vibrante. No entanto, o filme foi considerado confuso e superestimado, com um orçamento de 120 milhões de dólares e uma arrecadação de apenas 93 milhões.
Causas do fracasso: Um estilo visual ousado que não agradou ao público mainstream.
15. O Portal do Paraíso (1980)
Considerado um dos maiores fracassos de todos os tempos, “O Portal do Paraíso” foi uma produção épica que consumiu 44 milhões de dólares e arrecadou apenas 3,5 milhões nas bilheterias. O filme é amplamente lembrado por suas refilmagens, atrasos e orçamento descontrolado, o que levou o estúdio United Artists à falência.
Causas do fracasso: Excesso de ambição do diretor e uma história que não foi bem recebida pelo público.
Conclusão
Esses filmes são um lembrete de que, mesmo com grandes orçamentos e talentos envolvidos, o sucesso nas bilheterias não é garantido. Cada produção enfrentou desafios únicos, seja na execução, marketing ou recepção do público, e se tornou um estudo sobre os riscos envolvidos na indústria cinematográfica.