Caso Madeleine McCann: suspeito será libertado e se recusa a ser interrogado

Caso Madeleine McCann: suspeito será libertado e se recusa a ser interrogado

O mistério em torno do desaparecimento de Madeleine McCann, ocorrido em 2007, em Portugal, ganha um novo capítulo inquietante. O alemão Christian Brückner, apontado como principal — e até agora único — suspeito no caso, será libertado da prisão nesta semana após cumprir pena por outro crime, mas já anunciou que não aceitará ser interrogado pela polícia britânica. A notícia reacendeu a frustração e a dor da família McCann, que há 17 anos busca respostas sobre o paradeiro da filha.

Libertação sem restrições

Brückner, de 48 anos, estava detido na Alemanha, onde cumpria pena de sete anos pelo estupro de uma turista norte-americana de 72 anos, em 2005, na região do Algarve. Apesar de ser considerado perigoso pelas autoridades alemãs, a legislação atual obriga sua libertação até 17 de setembro. Assim que deixar a prisão, ele terá liberdade para circular inclusive fora do país.

A polícia britânica, que mantém investigações ativas sobre o caso de Maddie, apresentou um pedido formal para interrogá-lo antes de sua saída. No entanto, o alemão deixou claro que não cooperará com a Scotland Yard, reforçando que não há meios legais de obrigá-lo a prestar depoimento.

O único suspeito no desaparecimento de Maddie

O nome de Brückner surgiu em junho de 2020 como principal suspeito do rapto da menina britânica. Segundo os investigadores, ele viveu no Algarve entre 1995 e 2007, e registros telefônicos o colocam na região da Praia da Luz justamente no dia em que Madeleine desapareceu, aos três anos de idade.

Caso Madeleine McCann: suspeito será libertado e se recusa a ser interrogado

O procurador alemão Hans Christian Wolters, que lidera o inquérito desde 2020, foi enfático: “Temos provas que apontam para ele. É o único suspeito do desaparecimento e morte de Madeleine McCann”. Apesar disso, até hoje não foram apresentadas provas definitivas que sustentem uma acusação formal.

Confissão em cela de prisão

O caso ganhou mais repercussão após relatos de um ex-companheiro de cela de Brückner. Em setembro de 2024, durante um julgamento na Alemanha, Laurentiu Codin declarou à Justiça que o alemão teria confessado ter raptado uma criança durante conversas na prisão preventiva. O testemunho reforçou a convicção das autoridades de que ele estaria ligado diretamente ao desaparecimento da menina.

Mesmo assim, a libertação está mantida, e a decisão preocupa tanto a promotoria quanto os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, que ainda nutrem esperança de descobrir a verdade sobre o que ocorreu há quase duas décadas.

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