Neste domingo, às 4h04 da manhã (horário de Brasília), os olhos voltados para o céu serão agraciados com um espetáculo celestial singular: a Lua, nosso fiel satélite natural, alcançará o ponto de sua órbita mais próximo da Terra, conhecido como perigeu. Este evento marca não apenas um momento de proximidade cósmica, mas também o início de uma jornada fascinante, culminando com um encontro majestoso com o gigante gasoso Júpiter.
Conforme relatado pela plataforma In-The-Sky.org, a Lua, em sua dança cósmica ao redor da Terra, percorre uma órbita elíptica, cujo ponto mais próximo de nosso planeta é chamado de perigeu. Neste estágio, a distância entre a Lua e a Terra diminui consideravelmente, atingindo cerca de 356.500 km, contrastando com os 406.700 km no ponto mais distante, conhecido como apogeu. Esta variação na distância lunar resulta em uma variação no tamanho angular do astro, oscilando entre 29,4 e 33,5 minutos de arco. Como resultado, a Lua pode parecer até 14% mais brilhante no céu quando visível, embora esse aumento de brilho possa ser difícil de perceber devido às fases em constante mudança.
Este encontro cósmico ocorre em meio a uma fase significativa do ciclo lunar. A Lua, em sua jornada celeste, atravessa várias fases, cada uma com sua própria beleza e significado. A fase nova, por exemplo, não apenas marca o início do mês em calendários lunares, mas também inaugura um novo ciclo lunar. Este ciclo, conhecido como lunação, tem uma duração média de 29,5 dias, durante os quais a Lua passa por fases distintas, incluindo nova, crescente, cheia e minguante.
Além dessas fases principais, existem também as “interfases”, como o quarto crescente e a crescente gibosa, que ocorrem entre as fases nova e cheia, e a minguante gibosa e o quarto minguante, que ocorrem entre a cheia e a minguante. Neste momento especial, a Lua se encontra na fase minguante gibosa, indicando que ainda faltam 12 dias para o início de um novo ciclo lunar, proporcionando uma visão única de sua majestade cósmica.
Enquanto a Lua nos brinda com sua proximidade única neste domingo, ela também está imersa em uma jornada celeste ainda mais ampla. Na quarta-feira seguinte, encerrando sua “turnê mensal” pelos planetas do Sistema Solar, a Lua terá a oportunidade de fazer uma visita especial a Júpiter. Esta série de encontros celestiais ocorre devido à órbita da Lua em torno da Terra, que está aproximadamente alinhada com o plano da eclíptica, o mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol.
Assim, enquanto observamos maravilhados a proximidade extraordinária da Lua neste domingo, também aguardamos com expectativa sua iminente dança cósmica com Júpiter na próxima semana. Este encontro celeste não apenas nos lembra da vastidão e da beleza do cosmos, mas também nos convida a contemplar nosso lugar dentro desse espetáculo cósmico em constante evolução.