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Arqueólogos podem ter encontrado o verdadeiro local do primeiro milagre de Jesus

Durante séculos, o local exato do primeiro milagre de Jesus — a transformação da água em vinho durante as famosas bodas de Caná — tem sido um enigma que instiga fiéis, estudiosos e arqueólogos. Embora a cidade de Kafr Kanna, na Galileia, tenha sido aceita pela tradição como o palco desse evento bíblico, uma recente descoberta arqueológica vem balançando as estruturas do entendimento histórico e religioso sobre esse episódio.

As atenções agora se voltam para Khirbet Qana, uma vila esquecida e em ruínas, localizada a aproximadamente 13 quilômetros a noroeste de Nazaré. Evidências cada vez mais robustas sugerem que esse sítio pode, de fato, ser a verdadeira Caná da Galileia, onde Jesus realizou seu primeiro milagre, segundo relata o Evangelho de João.

Khirbet Qana e a vila perdida no tempo

As escavações em Khirbet Qana começaram a lançar luz sobre uma história que parecia soterrada há milênios. O local revela não apenas vestígios de uma próspera comunidade judaica ativa entre 323 a.C. e 324 d.C., como também oferece elementos que se alinham perfeitamente com o contexto cultural e religioso do Novo Testamento.

Diferentemente de Kafr Kanna — que carece de evidências arqueológicas que comprovem sua ocupação no período romano —, Khirbet Qana apresenta estruturas típicas de uma vila judaica da época de Jesus. Ali foram encontrados uma sinagoga, um espaço de estudos conhecido como Beth Midrash, e até moedas cunhadas por líderes da revolta dos Macabeus, confirmando uma ocupação judaica sólida e contínua.

As cavernas que escondem segredos cristãos

O que torna Khirbet Qana ainda mais fascinante é uma rede de cavernas subterrâneas transformadas em locais de culto cristão primitivo. Algumas dessas câmaras, datadas do século III, são ricamente decoradas com reboco e grafites religiosos, exibindo cruzes, nomes de peregrinos e inscrições como “Kyrie Iesou” — que significa “Senhor Jesus”.

Em uma dessas cavernas, arqueólogos descobriram um altar improvisado, feito a partir de uma tampa de sarcófago tombada. Sobre ele repousam dois grandes jarros de pedra, que os cristãos dos primeiros séculos acreditavam serem os mesmos utilizados por Jesus no milagre da transformação da água em vinho.

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O embate entre tradição e ciência

Por séculos, Kafr Kanna sustentou o título de Caná da Galileia. A cidade atrai milhares de peregrinos todos os anos, que visitam a chamada “Igreja do Casamento”, local que também afirma guardar jarros de pedra ligados ao milagre. Contudo, a ausência de indícios arqueológicos compatíveis com o período de Jesus levanta questionamentos desconfortáveis para a tradição.

Em contrapartida, Khirbet Qana oferece não apenas vestígios arquitetônicos e culturais, mas uma narrativa arqueológica que se encaixa com impressionante precisão nas descrições bíblicas. Segundo o Evangelho de João, os jarros eram feitos de pedra, como é típico dos recipientes utilizados nos rituais de purificação judaicos da época. E eles estão lá.

Uma conexão pessoal com Jesus?

O debate vai além do campo arqueológico. O teólogo e estudioso Dr. James Tabor propõe uma interpretação que dá ainda mais significado à descoberta. Segundo ele, o relato das bodas de Caná pode estar vinculado ao chamado “Evangelho dos Sinais” — uma fonte anterior utilizada pelo autor do Evangelho de João.

Essa hipótese levanta uma possibilidade emocionante: o casamento celebrado em Caná poderia ter sido um evento familiar, possivelmente até o casamento de um dos irmãos de Jesus. Isso explicaria a presença marcante de Maria, mãe de Jesus, envolvida na organização do evento e, de certo modo, participando ativamente da condução do milagre.

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Além disso, Caná poderia ter sido uma espécie de base operacional do ministério inicial de Jesus, funcionando como um refúgio ou local de apoio entre suas viagens missionárias na Galileia.

O impacto da descoberta na tradição cristã

A confirmação arqueológica de Khirbet Qana como a verdadeira Caná poderia reconfigurar não apenas os roteiros de peregrinação na Terra Santa, mas também a própria percepção histórica dos cristãos sobre os eventos fundacionais de sua fé.

A descoberta reforça o entendimento de que a tradição nem sempre anda de mãos dadas com a arqueologia. Ao mesmo tempo, ela oferece uma ponte fascinante entre fé e ciência, mostrando que as histórias que moldaram civilizações podem, sim, ter raízes concretas, visíveis e palpáveis.

Seja como ponto de partida do ministério de Jesus, seja como palco de um milagre que simboliza transformação e renovação, Caná — ou melhor, Khirbet Qana — continua sendo um local onde fé, história e mistério se encontram de forma absolutamente encantadora.

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