12 livros esquecidos que revolucionaram a literatura

A literatura está repleta de livros que, apesar de seu impacto profundo, acabaram sendo relegadas ao esquecimento. Muitas delas introduziram conceitos inovadores, desafiaram convenções e influenciaram grandes escritores, mas, por diversos motivos, não receberam o devido reconhecimento ao longo do tempo. Redescobrir essas joias literárias é uma forma de compreender a evolução da literatura e apreciar histórias que, mesmo ignoradas pelo grande público, moldaram a forma como lemos e escrevemos.

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1. “O Homem que Era Quinta-Feira” (1908) – G. K. Chesterton

Essa obra enigmática mescla mistério, filosofia e sátira em uma trama que desafia o leitor a questionar a realidade. Com um enredo que antecipa elementos do surrealismo e do existencialismo, influenciou escritores como Jorge Luis Borges e Neil Gaiman.

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2. “Flatland: A Romance of Many Dimensions” (1884) – Edwin Abbott

Um dos livros mais inovadores de sua época, Flatland apresenta um mundo bidimensional habitado por figuras geométricas. Além de ser uma crítica social disfarçada de ficção científica, influenciou pensadores e escritores como Carl Sagan e Isaac Asimov ao explorar conceitos de dimensões superiores.

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3. “O Mestre e Margarida” (publicado postumamente em 1966) – Mikhail Bulgákov

Uma sátira feroz ao regime soviético, essa obra foi censurada por décadas. Misturando realismo mágico, crítica política e humor mordaz, influenciou escritores contemporâneos e se tornou um dos maiores clássicos russos, ainda que não tenha recebido o mesmo destaque que obras de Dostoiévski ou Tolstói.

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4. “O Outro” (1971) – Thomas Tryon

Esquecido entre os grandes romances de terror psicológico, O Outro apresenta uma narrativa assustadora e instigante sobre a identidade e o poder da mente. Elementos dessa obra foram reutilizados em best-sellers modernos, como O Sexto Sentido e O Iluminado.

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5. “O Castelo” (1926) – Franz Kafka

Embora Kafka seja amplamente reconhecido, O Castelo muitas vezes é eclipsado por A Metamorfose e O Processo. Essa narrativa inacabada sobre burocracia e alienação influenciou inúmeros autores do século XX e inspirou reflexões sobre o absurdo da vida moderna.

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6. “A Cidade e as Serras” (1901) – Eça de Queirós

Um dos romances mais visionários da literatura portuguesa, A Cidade e as Serras antecipa discussões sobre tecnologia, urbanização e a busca por um estilo de vida mais autêntico. Apesar de sua profundidade, não recebe a mesma atenção que outras obras de Eça de Queirós, como Os Maias.

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7. “O Deserto dos Tártaros” (1940) – Dino Buzzati

Uma metáfora da espera e do destino, essa obra influenciou escritores como J. M. Coetzee e Haruki Murakami. O romance acompanha um oficial que passa a vida aguardando uma invasão que pode nunca acontecer, refletindo sobre a passagem do tempo e a inutilidade de certas expectativas.

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8. “Rasselas, Príncipe da Abissínia” (1759) – Samuel Johnson

Pouco lembrado hoje, esse romance filosófico explora a busca pela felicidade e os limites do conhecimento humano. Sua influência pode ser sentida em obras posteriores de Voltaire e Jane Austen.

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9. “Melmoth, o Errante” (1820) – Charles Maturin

Uma das grandes histórias góticas do século XIX, Melmoth, o Errante inspirou inúmeros escritores, incluindo Oscar Wilde, que adotou “Melmoth” como pseudônimo em seus últimos anos de vida. A narrativa de um homem condenado à imortalidade trouxe inovações ao gênero do terror.

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10. “O Homem Invisível” (1897) – H. G. Wells

Embora Wells seja lembrado por A Máquina do Tempo e A Guerra dos Mundos, O Homem Invisível introduziu conceitos inovadores sobre poder e responsabilidade, que foram explorados em obras posteriores, como os quadrinhos de super-heróis e filmes de ficção científica.

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11. “Clarissa, ou, História de uma Jovem Senhora” (1748) – Samuel Richardson

Com mais de um milhão de palavras, esse romance epistolar é um dos mais longos da língua inglesa e inovou na forma como personagens femininas eram retratadas na literatura. Sua influência pode ser vista em autores como Jane Austen e Henry James.

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12. “São Bernardo” (1934) – Graciliano Ramos

Embora Vidas Secas seja a obra mais lembrada de Graciliano Ramos, São Bernardo é um dos romances mais bem escritos da literatura brasileira. Com um protagonista complexo e uma narrativa crua, antecipa discussões sobre o poder e a degradação moral.

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Conclusão

Redescobrir esses livros esquecidos é uma maneira de entender como a literatura se desenvolveu ao longo dos séculos. Muitas dessas obras moldaram gêneros e narrativas que hoje são amplamente populares, provando que grandes ideias nem sempre recebem o reconhecimento imediato que merecem.