Há algo profundamente humano e envolvente em acompanhar uma história contada através de cartas, diários ou e-mails. São narrativas que expõem pensamentos íntimos, desabafos profundos e sentimentos sem filtro. A escrita epistolar, ainda que pareça datada, encontrou nova força na literatura contemporânea — e quando bem executada, é capaz de arrancar lágrimas, suspiros e reflexões sinceras.
Cartas para um jovem poeta – Rainer Maria Rilke
Poucas obras epistolares alcançaram o grau de profundidade existencial presente neste pequeno, mas poderoso livro. Rainer Maria Rilke responde a cartas de um jovem aspirante a poeta com reflexões que ultrapassam a arte e adentram o âmago da condição humana.
O diário de Anne Frank – Anne Frank
É impossível falar de histórias contadas em forma de diário sem mencionar este clássico absoluto. Escrito por uma adolescente judia escondida com sua família durante a ocupação nazista na Holanda, o diário de Anne é um testemunho de vida, esperança e resistência.
Drácula – Bram Stoker
Sim, o famoso romance de terror gótico também é um exemplo brilhante de narrativa epistolar. Drácula é contado por meio de cartas, trechos de diário, notícias de jornal e registros de bordo, o que cria uma sensação de urgência e realismo impressionantes.
Querido John – Nicholas Sparks
Nesta história que conquistou leitores no mundo todo, Sparks usa a troca de cartas como fio condutor de uma paixão marcada pela distância. John, um soldado americano, e Savannah, uma jovem idealista, vivem um romance que sobrevive às adversidades por meio de palavras escritas.
Cartas de amor aos mortos – Ava Dellaira
Laurel, uma adolescente lidando com a morte da irmã, recebe uma tarefa escolar: escrever uma carta para alguém que já morreu. Ela escolhe Kurt Cobain — e não para mais. A partir daí, escreve para várias figuras marcantes, como Amy Winehouse, Janis Joplin e Heath Ledger, revelando sua dor, suas memórias e seu crescimento.
Os 13 Porquês – Jay Asher
Hannah Baker, uma jovem estudante, tira a própria vida — mas antes disso, grava treze fitas cassete contando os motivos que a levaram à decisão. Cada fita é direcionada a uma pessoa envolvida na sua história. Clay Jensen, um colega de escola, recebe as gravações e embarca em uma dolorosa jornada de revelações.
Conclusão
Cartas, diários e e-mails revelam verdades que raramente seriam ditas em voz alta. São confidências que atravessam o papel e tocam o leitor com a força de quem escreveu para ser lido de verdade. Esses seis livros provam que a literatura epistolar continua viva, relevante e emocionante, mesmo em tempos digitais.
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