“Julho Amarelo”: Mês de luta contra as hepatites virais

A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.

Em resposta à iniciativa do Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde de Dionísio Cerqueira implementou uma programação especial focada na prevenção e diagnóstico dessas doenças. O secretário de Saúde do município, Deniz da Rocha, detalha a campanha local e suas ações específicas.

“O mês de julho é marcado pela luta contra as hepatites virais. Conforme as diretrizes do Ministério de Saúde, nosso município está intensificando o combate às hepatites virais, ampliando a saúde pública. Embora realizemos testes rápidos de hepatites ao longo do ano, este mês damos um foco ainda maior”, explicou Deniz.

A campanha inclui a oferta de testes rápidos para hepatites, sífilis e outras doenças virais em todos os postos de saúde do município.

“Uma vez detectada a doença, e se a pessoa optar por seguir com o tratamento, seguimos o protocolo de atendimento, realizando novos exames e encaminhamentos necessários para garantir a segurança e a saúde dos nossos cidadãos”, destacou o secretário.

Saiba mais sobre os tipos de hepatites

– Hepatite A: tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

– Hepatite B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado.  A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

– Hepatite D: causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

– Hepatite E: causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.