A história do Império Romano ganha um novo capítulo graças a uma descoberta arqueológica no Reino Unido. Em escavações realizadas no Forte de Bremenium, no norte da Inglaterra, pesquisadores encontraram uma joia minuciosamente esculpida, além de cerâmicas, objetos militares, adornos e até uma lâmpada de bronze. A joia, possivelmente utilizada como um anel de sinete, sugere a presença de influências culturais distantes dentro das fronteiras romanas na região da Britânia.
Joia esculpida revela influências mediterrâneas
A peça encontrada, feita em pedra vermelha, exibe dois cupidos colhendo uvas ao lado de uma criatura semelhante a uma cabra. O símbolo iconográfico, ligado ao mundo mitológico e ao cotidiano romano, remete a temas de fertilidade, celebração e prosperidade, frequentemente representados na arte da época.
Bremenium está localizado ao norte da histórica Muralha de Adriano e fazia parte de uma importante rota militar, conectando York a Corbridge e à cidade de Melrose. A localização estratégica indica que a fortificação foi um centro de movimentação constante de tropas, mercadores e viajantes de diversas regiões do Império.

Semelhança com peças da Dalmácia e do norte da Itália
Objetos com iconografia semelhante já foram identificados em antigos territórios romanos na Dalmácia e no norte da Itália. Para o arqueólogo Richard Carlton, da Universidade de Newcastle, essa comparação reforça a hipótese de que o antigo portador da joia teria origem mediterrânea. Essa característica sugere que indivíduos vindos de regiões distantes se integravam ao cotidiano militar britânico, trazendo consigo elementos culturais próprios.
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