Proposta de ampliar jardins filtrantes no Paraná busca fortalecer o saneamento básico por meio de tecnologia natural de tratamento da água, apoiada por parcerias e ações sustentáveis.
A deputada estadual Maria Victoria apresentou o projeto de lei 991/2025 com o objetivo de incentivar a adoção de jardins filtrantes em espaços públicos e privados do Paraná. A medida pretende ampliar o uso de tecnologias naturais no tratamento complementar da água, contribuindo para o saneamento básico, a preservação de rios e o uso racional dos recursos hídricos.
Os jardins filtrantes utilizam plantas aquáticas e substratos naturais como elementos depuradores capazes de retirar impurezas de águas provenientes de rios, lagos e córregos urbanos. O processo biológico permite melhorar a qualidade da água e possibilita seu reaproveitamento para atividades não potáveis, como irrigação, limpeza urbana e descargas sanitárias.
Segundo a parlamentar, a técnica representa uma alternativa sustentável que alia ciência e preservação ambiental. Ela afirma que o Paraná pode se destacar na implementação de soluções naturais voltadas ao tratamento de água, com potencial para promover melhorias visuais e ambientais nas cidades.
A proposta ressalta que o modelo pode ser especialmente útil a municípios de pequeno e médio porte, que ainda enfrentam dificuldades para universalizar o saneamento básico. O uso de jardins filtrantes é descrito como uma solução de baixo custo e alta eficiência, capaz de reduzir a carga poluidora lançada nos rios e favorecer a recuperação de ecossistemas degradados.
O projeto está sob análise da Comissão de Constituição e Justiça e prevê a formação de parcerias entre o Estado, universidades, órgãos ambientais, organizações não governamentais e iniciativa privada. A intenção é apoiar a implantação dos jardins em parques, escolas, praças e prédios públicos, além de estimular projetos-piloto em áreas urbanas e rurais.
A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, especialmente aqueles relacionados ao acesso à água potável, saneamento e preservação da vida terrestre, além das políticas nacionais de saneamento e gestão de recursos hídricos.
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