Descoberta arqueológica na Irlanda do Norte revela ferramentas de 8 mil anos

Descoberta arqueológica na Irlanda do Norte revela ferramentas de 8 mil anos

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A arqueologia mais uma vez surpreende o mundo com uma descoberta fascinante: pesquisadores e voluntários na Irlanda do Norte desenterraram ferramentas mesolíticas com cerca de 8 mil anos, lançando nova luz sobre a presença humana em terras que hoje parecem silenciosas, mas já foram cheias de vida e movimento. A escavação ocorreu no Condado de Fermanagh, onde o grupo buscava vestígios de um castelo do século XVII e acabou encontrando algo muito mais antigo — e valioso.

Achado histórico às margens do Rio Sillies

A equipe, liderada pela arqueóloga Eileen Murphy, da Queen’s University Belfast, trabalhava com mais de 200 voluntários dentro do Programa de Arqueologia Comunitária da Irlanda do Norte. Em meio às escavações, surgiram micrólitos — pequenas lâminas de pedra talhadas com precisão — e um núcleo, a pedra base utilizada para fabricar essas ferramentas. Esses artefatos indicam a presença de comunidades caçadoras-coletoras que habitaram o local há cerca de oito milênios.

Segundo Murphy, o local escolhido pelos antigos habitantes não foi aleatório: “É um planalto plano e agradável, bem ao lado do Rio Sillies, que na época era uma fonte abundante de peixes e aves aquáticas. Um cenário perfeito para os caçadores-coletores viverem.” Essa observação reforça a hipótese de que a região possuía características ideais para o sustento humano, com água, alimento e terreno seguro.

Vestígios da Idade do Bronze

Durante as escavações, os arqueólogos também se depararam com sinais de uma antiga habitação datada de cerca de 4.000 anos, período correspondente à Idade do Bronze. Fragmentos de cerâmica encontrados no fundo de um buraco de poste indicam que ali existiu uma casa de estrutura simples, possivelmente feita com madeira e palha. Essa descoberta evidencia a continuidade de ocupação humana na região ao longo de milênios, mostrando que Fermanagh foi, em tempos antigos, um espaço de vida e permanência, não apenas de passagem.

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