Irã afunda em ritmo recorde: estudo alerta para risco de colapso em cidades

Irã afunda em ritmo recorde: estudo alerta para risco de colapso em cidades

Imagine viver em um país onde o chão literalmente afunda ano após ano. Esse é o cenário preocupante enfrentado pelo Irã, onde áreas inteiras estão cedendo em velocidade alarmante. De acordo com pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, parte do território iraniano sofre subsidência em taxas superiores a 10 milímetros anuais. O estudo, realizado com dados da Agência Espacial Europeia, aponta que 31,4 mil quilômetros quadrados já foram afetados — uma extensão comparável a todo o território da Bélgica.

Esse fenômeno ameaça diretamente cerca de 650 mil pessoas, além de comprometer a produção agrícola e a segurança alimentar. Em um país marcado por longos períodos de seca, o esgotamento dos aquíferos subterrâneos agrava ainda mais a situação.

Subsidência: quando a terra perde sustentação

A subsidência ocorre quando os aquíferos — reservatórios naturais de água subterrânea — são explorados em excesso. Dentro deles, camadas de areia e lama são mantidas coesas pela presença da água. Sem essa sustentação, os grãos se compactam, o sedimento cede e o solo não consegue mais suportar o peso acima, incluindo estradas, edifícios e plantações.

No Irã, os cientistas identificaram 106 regiões afetadas entre 2014 e 2022, o equivalente a 2% do país. Em Rafsanjan, famosa por suas plantações de pistache, estima-se que o solo possa afundar até quatro metros na próxima década. Em Bardaskan, a área atingida cresceu 40% em relação a análises anteriores de 2008.

Irã afunda em ritmo recorde: estudo alerta para risco de colapso em cidades

Cidades e infraestrutura em risco

O impacto da subsidência não é apenas agrícola. Cidades como Teerã, Karaj, Mashhad, Isfahan e Shiraz já registram fissuras no solo, instabilidade em edifícios e danos estruturais em rodovias e ferrovias. Segundo Jessica Payne, uma das autoras do estudo, a velocidade de afundamento no Irã está entre as mais altas do mundo. Para efeito de comparação, na Europa, casos considerados extremos envolvem taxas de apenas 5 a 8 milímetros por ano.

O fenômeno ameaça não apenas a vida urbana, mas também a própria capacidade do país de garantir água potável no futuro. Uma vez comprometida a estrutura dos aquíferos, eles perdem volume de armazenamento, tornando o dano praticamente irreversível.

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O problema do afundamento do solo não se restringe ao Irã. A Cidade do México, no México, e o Vale Central da Califórnia, nos Estados Unidos, também registram subsidência severa. Na capital mexicana, o fenômeno foi apontado como uma das causas do colapso de uma linha de metrô em 2021, que deixou 26 mortos. Já em outras regiões do mundo, como China e Itália, autoridades monitoram áreas críticas para evitar tragédias futuras.

O alerta dos especialistas é claro: se não houver um controle mais rigoroso sobre a extração de água subterrânea, muitas cidades poderão enfrentar desabastecimento e colapsos de infraestrutura em escala inédita.

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