Nesta quinta-feira, 24 de julho, o mundo do entretenimento e do esporte perdeu um de seus rostos mais reconhecíveis. Hulk Hogan, lenda da luta livre profissional e figura marcante do cinema nos anos 80 e 90, faleceu aos 71 anos, na Flórida, conforme apuração do site norte-americano TMZ. A notícia da morte do ex-lutador e ator abalou fãs e colegas que acompanharam sua trajetória ao longo de décadas nos ringues e nas telas.
De acordo com as informações divulgadas, uma equipe médica foi acionada para atender uma emergência na residência da família Hogan. O chamado reportava uma possível parada cardíaca. Embora houvesse rumores recentes sobre um possível coma após cirurgia, a esposa de Hogan, Sky, chegou a afirmar que o coração dele estava “forte”, tentando tranquilizar o público.
De herói dos ringues a estrela de Hollywood
Hulk Hogan, nome artístico de Terry Gene Bollea, não foi apenas um lutador — ele se tornou um símbolo da cultura pop. Sua figura carismática, os músculos hipertrofiados, o bigode loiro e as entradas icônicas ao som de “Real American” marcaram gerações. Nos anos 1980 e 1990, Hogan foi peça-chave na transformação da luta livre em um espetáculo global, com forte apelo midiático e milhões de fãs.
Com estilo teatral e personalidade extravagante, Hogan levou a luta livre a um novo patamar, ajudando a consolidar a WWE como potência internacional do entretenimento esportivo. Em 2005, foi homenageado com sua entrada no Hall da Fama da WWE — um reconhecimento pelo impacto imensurável que teve no mundo do wrestling. Contudo, a trajetória foi manchada por um escândalo em 2015, quando declarações de teor racista vieram à tona em uma gravação íntima. Como consequência, ele foi removido do Hall da Fama.

Apesar da controvérsia, Hogan foi reintegrado em 2020, agora como parte do grupo NWO (New World Order), revivendo a era em que interpretava um vilão nas histórias da WWE. A sua imagem, até então ligada ao heroísmo, também se moldou ao lado sombrio da luta livre encenada, o que ajudou a manter sua relevância entre diferentes gerações de fãs.
Presença constante nas telas do cinema
Além dos ringues, Hulk Hogan também se aventurou com frequência no cinema. Atuou em produções que exploravam tanto sua força física quanto seu lado cômico. Esteve em filmes como Duro de Espiar, O Segredo do Clube de Agentes, Santa With Muscles, Muppets do Espaço, e até mesmo fez participação em Rambo III. Embora nunca tenha sido aclamado pela crítica cinematográfica, Hogan conquistou o público infantojuvenil e manteve sua popularidade como figura do entretenimento de massa.
A mistura de ação pastelão, carisma exagerado e apelo popular fez de seus filmes um sucesso em sessões da tarde e fitas VHS — uma época em que ele era onipresente em posters, brinquedos e programas de TV. Para muitos, ele foi o primeiro “super-herói” de carne e osso que saiu das lutas para habitar o imaginário infantil.
Hulk Hogan sempre representou mais do que o homem por trás do personagem. Ele foi um arquétipo do herói americano, construído para vencer os vilões do ringue e inspirar o público. Seu apoio ao ex-presidente Donald Trump e o envolvimento em polêmicas não apagam o fato de que ele moldou a luta livre moderna, abriu portas para novos talentos e ajudou a transformar um esporte de nicho em fenômeno global.
Mesmo nos anos mais discretos de sua vida, Hogan continuava a ser presença constante em convenções, campanhas publicitárias e redes sociais. Para muitos fãs, ele foi o primeiro contato com a luta livre. Para outros, uma ponte entre infância, espetáculo e idolatria.
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