Homem é preso no DF acusado de estuprar a enteada de apenas 1 mês e 26 dias. Bebê está internada em estado grave.
Um crime bárbaro chocou o Distrito Federal na madrugada do último domingo (5). Um homem de 31 anos foi preso sob suspeita de estuprar a própria enteada, uma bebê de apenas 1 mês e 26 dias, na cidade de Santa Maria. O caso, descrito pelas autoridades como um dos mais graves dos últimos anos na região, mobilizou a Polícia Militar e gerou indignação nacional. O suspeito, identificado como motorista de ambulância, mantinha relacionamento com a mãe da criança. Após uma saída na noite de sábado (4), o casal voltou para casa, e a mãe percebeu o desaparecimento repentino do companheiro. Pouco depois, encontrou a filha chorando intensamente, com sinais visíveis de ferimentos. A criança foi levada ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), mas o homem fugiu após deixá-la na unidade.
Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), a denúncia partiu da própria equipe médica do HRSM, que constatou sinais claros de violência física e sexual na bebê. A médica de plantão relatou o estado da criança como gravíssimo, destacando lesões no abdômen, braços, rosto, cabeça e região anal. O quadro exigiu internação imediata, com acompanhamento intensivo da equipe pediátrica.
A fuga do suspeito, logo após levar mãe e filha ao hospital, reforçou a suspeita das autoridades. A PMDF foi acionada pelo hospital e iniciou uma operação de busca ainda durante a madrugada, localizando o homem poucas horas depois. Ele foi conduzido à delegacia e preso em flagrante.
O caso provocou forte repercussão em Santa Maria e em todo o Distrito Federal. Moradores relataram perplexidade diante da brutalidade do crime, especialmente pelo fato de a vítima ser um bebê recém-nascido. Nas redes sociais, manifestações de indignação se multiplicaram, com pedidos de justiça rápida e punição exemplar ao acusado.
Organizações de defesa da infância também se posicionaram, lembrando que a violência sexual contra crianças ainda é uma realidade alarmante no Brasil. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, a maior parte das vítimas de estupro no país tem até 13 anos, e, em muitos casos, o agressor faz parte do círculo familiar da criança, o que dificulta denúncias.
De acordo com a Polícia Civil, o caso será tratado com prioridade devido à gravidade. A prisão em flagrante do suspeito permitirá o andamento rápido da investigação. Perícias médicas e laudos psicológicos da mãe também serão anexados ao inquérito. A expectativa é que o homem seja indiciado por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
Por se tratar de vítima menor de 14 anos, a legislação brasileira classifica qualquer ato sexual como estupro de vulnerável, independentemente de consentimento ou circunstâncias. No caso específico, a idade da bebê agrava ainda mais o processo, aumentando a possibilidade de uma condenação exemplar.
A pronta ação da equipe pediátrica foi fundamental para que o crime fosse denunciado imediatamente. Ao receber a bebê com sinais de violência, os profissionais seguiram protocolos obrigatórios de notificação, comunicando à polícia e registrando o caso como suspeita de abuso. Esse tipo de atuação é previsto por lei e serve como ferramenta essencial para identificar situações de maus-tratos e violência sexual contra crianças, que muitas vezes não conseguem verbalizar ou denunciar o que sofreram.
Até o último boletim divulgado, a bebê permanecia internada no HRSM em estado grave. As lesões detectadas exigiram acompanhamento multidisciplinar, incluindo pediatras, cirurgiões e psicólogos especializados em atendimento a vítimas de violência. A prioridade, segundo a direção do hospital, é garantir a estabilização clínica e o suporte necessário para reduzir os impactos imediatos.
Além do tratamento físico, a criança deverá receber acompanhamento de longo prazo. Casos como este costumam exigir atenção psicológica para a mãe e acompanhamento social, já que a violência atinge não apenas a vítima, mas todo o núcleo familiar.

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