Tragédia no Japão, helicóptero aeromédico cai no mar próximo à ilha de Tsushima. Três pessoas morreram, incluindo o paciente.
A missão era salvar uma vida, mas terminou em tragédia. Um helicóptero de transporte aeromédico caiu no mar nas proximidades da ilha de Tsushima, no Japão, durante a tarde de domingo (6), deixando três mortos, entre eles o próprio paciente transportado.
O acidente mobilizou a Guarda Costeira japonesa e acendeu o alerta sobre a segurança de voos de emergência no país. As autoridades agora correm contra o tempo para entender o que levou à queda da aeronave, em uma operação que deveria ser de rotina.
Segundo informações da Guarda Costeira do Japão, o alerta foi emitido por volta das 14h50, horário local (2h50 da manhã em Brasília), após o helicóptero desaparecer do radar durante o trajeto de aproximadamente 45 minutos entre a ilha de Tsushima e um hospital em Fukuoka. Pouco depois, a aeronave foi localizada flutuando no mar.
Seis pessoas estavam a bordo do helicóptero, incluindo o paciente que estava sendo transferido para tratamento hospitalar. Três delas não resistiram: o paciente Mitsuko Motoishi, de 86 anos, seu filho Kazuyoshi Motoishi, de 68 anos, que o acompanhava, e o médico Kei Arakawa, de apenas 34 anos.
As vítimas foram encontradas em parada cardíaca e, apesar dos esforços de resgate, faleceram logo após serem retiradas da água.
As outras três pessoas conseguiram sobreviver. A enfermeira, o piloto e um mecânico foram resgatados com vida, usando coletes salva-vidas. Estavam com sinais de hipotermia, mas conscientes, e foram imediatamente encaminhados para atendimento hospitalar.
As equipes da Guarda Costeira agiram rapidamente após o alerta de desaparecimento. O helicóptero foi encontrado parcialmente submerso, e as operações de resgate se concentraram na retirada dos ocupantes e na estabilização dos sobreviventes.
O mar revolto e as baixas temperaturas complicaram o trabalho das equipes, o que pode ter contribuído para o agravamento do estado de saúde das vítimas fatais.
Uma das hipóteses iniciais aponta para um pouso forçado na água, o que explicaria o fato de parte da tripulação ter conseguido sobreviver com o auxílio dos coletes salva-vidas. No entanto, essa suposição ainda será verificada com base nos depoimentos do piloto, da enfermeira e do mecânico sobreviventes, que devem ser ouvidos nos próximos dias.
A empresa responsável pela aeronave, a SGC Saga Aviation, afirmou que o helicóptero havia passado recentemente por uma inspeção de rotina e que não foi encontrada nenhuma anomalia que comprometesse o voo. Também negou que qualquer membro da tripulação tivesse problemas de saúde que pudessem ter interferido na condução da missão.
Em nota pública divulgada após o acidente, o presidente da Saga Aviation expressou condolências às famílias das vítimas e pediu desculpas pelo ocorrido. Ele garantiu que a empresa está colaborando integralmente com as investigações conduzidas pela Guarda Costeira e pelas autoridades de aviação civil do Japão.
O acidente reacende um debate importante sobre as condições de segurança em voos de transporte aeromédico, especialmente em áreas de difícil acesso ou em trajetos sobre o mar. Essas operações exigem protocolos rigorosos, tecnologia de ponta e capacitação contínua das equipes envolvidas.
No Japão, onde se tem uma geografia marcada por ilhas e regiões montanhosas, o uso de helicópteros é essencial para garantir o acesso rápido a tratamentos médicos especializados. No entanto, esse tipo de serviço envolve riscos que precisam ser constantemente monitorados e prevenidos.
As investigações sobre o acidente estão em estágio inicial. Além dos depoimentos dos sobreviventes, as autoridades devem analisar os registros de voo, as condições climáticas no momento do acidente e possíveis falhas técnicas. Também será verificado se houve algum problema de comunicação entre o helicóptero e os centros de controle aéreo.
A expectativa é de que, nos próximos dias, mais informações sejam divulgadas, incluindo imagens da operação de resgate e laudos preliminares sobre as causas da queda. Enquanto isso, familiares das vítimas aguardam respostas em meio ao luto.
Leia também: