Entregadores de aplicativos em 20 estados entram em greve nos dias 31/03 e 01/04. A paralisação reivindica aumento na taxa mínima por entrega e melhores condições de trabalho.
Um movimento significativo está se formando entre entregadores de aplicativos em várias partes do Brasil, com uma greve programada para os dias 31 de outubro e 1º de novembro. A mobilização é liderada pela Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos (Anea) e já conta com o apoio de trabalhadores de 20 estados.
Principais demandas
Os entregadores estão unindo forças em busca de melhorias em suas condições de trabalho. Entre as principais reivindicações estão:
- Aumento da Taxa Mínima: A taxa por entrega não é ajustada há três anos, mesmo com os aumentos da inflação.
- Condições de Trabalho: Os trabalhadores pedem a formalização do vínculo empregatício, que garantiria direitos como férias e proteção contra demissões.
Além disso, outras solicitações incluem:
- Reajuste no Valor por Quilômetro: A proposta é aumentar o valor pago por quilômetro de R$ 1,50 para R$ 2,50.
- Limitação das Rotas: Sugere-se que as entregas feitas de bicicleta sejam limitadas a um máximo de 3 km por pedido.
- Pagamento Integral: A reivindicação é para que os entregadores recebam o valor total por entrega, sem qualquer dedução indevida em pedidos múltiplos.
Justificativa para a greve
A Anea defende a greve como uma medida necessária para combater a exploração dos trabalhadores pelas plataformas de entrega. Eles argumentam que, sem ajustes nas taxas, os rendimentos dos entregadores não estão acompanhando o aumento do custo de vida.
Além disso, os profissionais enfrentam despesas com combustível, manutenção e riscos diários sem o devido suporte.
Atividades planejadas
Além da greve, o movimento está organizando uma série de atividades, incluindo manifestações, motociatas, carreatas e pedaladas em diversas cidades.
O objetivo dessas ações é promover as reivindicações dos trabalhadores e expor práticas antissindicais observadas nas plataformas, como a oferta de bônus para desmobilizar a greve e ameaças de bloqueio aos participantes.
Este movimento representa uma tentativa significativa de assegurar melhores condições para os entregadores em um mercado que continua a evoluir rapidamente.
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