Com o objetivo de aprimorar a capacidade de prever e mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos, o governo anunciou um investimento de R$ 70 milhões na ampliação da estrutura de monitoramento ambiental. A iniciativa inclui a instalação de novos radares meteorológicos, estações hidrológicas e meteorológicas automáticas, além de uma atualização completa dos sistemas tecnológicos utilizados para o processamento e análise de dados climáticos.
Os recursos vêm de uma compensação ambiental relacionada ao acidente da Petrobras em 2000, cujos valores foram liberados pela Justiça este ano. A modernização permitirá um monitoramento em tempo real, proporcionando mais precisão na previsão de eventos críticos, como secas, chuvas torrenciais e deslizamentos. A medida é vista como essencial para reduzir os riscos e melhorar a resposta a emergências em todo o território.
O investimento inclui a instalação de novos radares meteorológicos para complementar os já existentes. Atualmente, há três radares operando em diferentes regiões, mas o plano prevê a adição de mais um radar em Jandaia do Sul e a substituição de um modelo antigo por uma versão mais moderna e eficiente.
Com a ampliação, será possível monitorar 100% do território em tempo real, proporcionando maior precisão nas previsões e alertas antecipados sobre mudanças climáticas severas. Essa cobertura completa é fundamental para reduzir o impacto de crises hídricas e desastres naturais, especialmente em áreas que antes tinham monitoramento limitado.
O projeto também prevê a instalação de 25 novas estações automáticas para melhorar a coleta de dados ambientais. Serão 15 estações hidrológicas para medir a vazão e o nível de rios, e 10 estações meteorológicas capazes de registrar indicadores como precipitação, vento, temperatura e umidade do ar.
Essas estações serão fundamentais para setores estratégicos, como a agricultura e gestão de recursos hídricos, proporcionando informações atualizadas para evitar perdas e garantir o abastecimento adequado. Além disso, as novas unidades permitirão o monitoramento mais preciso em áreas vulneráveis a alagamentos e deslizamentos.
Outra parte do projeto é voltada para a prevenção de desastres naturais no litoral, uma região particularmente vulnerável a deslizamentos e inundações. Com a implementação de novas ferramentas de monitoramento, será possível antecipar riscos e minimizar os danos causados por fenômenos climáticos severos.
Os dados coletados pelos novos sistemas serão compartilhados com órgãos de defesa civil e outras autoridades, garantindo uma resposta rápida e coordenada em situações de emergência. Esse esforço é essencial para proteger comunidades e preservar a infraestrutura das áreas costeiras.
Para lidar com o aumento no volume de dados, a estrutura de monitoramento será equipada com um sistema computacional avançado. Esse sistema permitirá a análise rápida e precisa das informações coletadas, facilitando a tomada de decisões estratégicas em casos de crise.
A modernização garantirá que os dados sejam acessíveis não apenas para a gestão de emergências, mas também para a formulação de políticas públicas de longo prazo voltadas à mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
Uma parte importante dos recursos será destinada ao monitoramento das Unidades de Conservação (UCs). Através de um índice de vulnerabilidade desenvolvido especialmente para essa finalidade, será possível avaliar a resiliência dessas áreas frente às mudanças climáticas.
Universidades estaduais do Paraná recebem R$ 3,6 bilhões em 2025
Jovens conquistam mais empregos com carteira assinada em 2024
Com base nesses dados, serão elaborados planos de mitigação e adaptação para garantir a preservação desses ecossistemas, que desempenham um papel essencial na regulação climática e ambiental.