Por: Max Gomes (IOC/Fiocruz)
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Referência Nacional para Leptospirose, enviou insumos, no dia 13 de maio, para apoiar a realização de diagnóstico molecular para leptospirose no Rio Grande do Sul. A doença é frequente em cenários de enchentes, como a tragédia que atinge o estado gaúcho desde o final de abril.
Altamente sensíveis para detecção do DNA de bactérias do gênero Leptospira, os kits são usados em testes de Reação de Cadeia em Polimerase (PCR, na sigla em inglês). O material foi destinado ao Laboratório Central de Saúde Pública do estado (Lacen-RS), a pedido do Ministério da Saúde.
Esta é mais uma colaboração entre o Laboratório de Referência para Leptospirose do IOC e o Lacen-RS. No ano passado, o Instituto capacitou profissional do Lacen para realização de diagnóstico da Leptospira.
Referência para Leptospirose
Vinculado ao Laboratório de Zoonoses Bacterianas do IOC, o Laboratório de Referência Nacional (junto ao Ministério da Saúde) para Leptospirose, realiza análises para a definição dos casos clínicos suspeitos da doença no Brasil, auxiliando no esclarecimento de questões ligadas à epidemiologia, diagnóstico e controle da Leptospirose em situações de surtos e epidemias.
Desde 2008, é credenciado pela Organização Mundial da Saúde como Centro Colaborador para Leptospirose para os países da América Latina e Caribe, prestando consultoria na resolução de epidemias e na capacitação de sistemas de saúde de países da região.
Compartilhamento de informações confiáveis sobre leptospirose
Devido ao risco de infecção por leptospirose nas enchentes que estão ocorrendo no Rio Grande do Sul, o IOC desenvolveu material gráfico didático que apresenta informações relevantes sobre a doença e como evitá-la. O material é validado pelo Laboratório de Referência Nacional para Leptospirose e pela Coleção de Leptospira, ambos vinculados ao Laboratório de Zoonoses Bacterianas do IOC.