O Oscar é, sem dúvida, a premiação mais celebrada da indústria cinematográfica. Todos os anos, olhares do mundo inteiro se voltam para o tapete vermelho e para os discursos emocionados de quem sobe ao palco. Mas, como bem sabemos, nem sempre o prêmio vai para o melhor filme. Muitas obras magníficas foram esnobadas pela Academia — e isso não as torna menos brilhantes.
Taxi Driver (1976)
Martin Scorsese trouxe à tela um retrato incômodo da solidão urbana com “Taxi Driver”, estrelado por Robert De Niro em uma das performances mais intensas de sua carreira. O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, mas perdeu para “Rocky – Um Lutador”.
2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)
Stanley Kubrick revolucionou o cinema com “2001: Uma Odisseia no Espaço”. Um épico de ficção científica que abordou temas como inteligência artificial, evolução humana e o desconhecido cósmico, tudo isso com estética arrebatadora e trilha sonora clássica.
A Viagem de Chihiro (2001)
Embora tenha vencido o Oscar de Melhor Animação, “A Viagem de Chihiro” de Hayao Miyazaki foi completamente deixado de fora das categorias principais como Melhor Filme e Direção. Um deslize que revela o preconceito da época com animações.
Blade Runner (1982)
Ridley Scott entregou ao mundo uma ficção científica noir, densa e filosófica. Mas “Blade Runner” foi um fracasso de bilheteria e ignorado pelo Oscar nas categorias mais importantes. A crítica da época também não entendeu sua proposta.
Magnólia (1999)
Paul Thomas Anderson entregou uma narrativa ousada e emocionalmente devastadora com “Magnólia”. A complexidade do roteiro e a atuação intensa de um elenco estelar, incluindo Tom Cruise e Julianne Moore, renderam elogios rasgados da crítica.
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Inside Llewyn Davis (2013)
Os irmãos Coen contaram a história de um cantor folk em crise no início dos anos 60. Oscillando entre o humor ácido e a dor existencial, “Inside Llewyn Davis” é um retrato melancólico da luta por reconhecimento artístico.
Pulp Fiction (1994)
Quentin Tarantino redefiniu o cinema independente com “Pulp Fiction”, que traz uma narrativa não linear, diálogos afiados e personagens inesquecíveis. O filme ganhou a Palma de Ouro em Cannes e conquistou o público no mundo todo.
O Iluminado (1980)
Stanley Kubrick aparece novamente nesta lista com “O Iluminado”, adaptação da obra de Stephen King. Jack Nicholson entregou uma atuação visceral, e o terror psicológico do filme moldou o gênero como o conhecemos.
Clube da Luta (1999)
Dirigido por David Fincher e protagonizado por Brad Pitt e Edward Norton, “Clube da Luta” não recebeu sequer uma indicação nas categorias principais do Oscar. Hoje, é um dos filmes mais citados quando o assunto é crítica ao consumismo, masculinidade tóxica e alienação.
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Conclusão
O Oscar pode ser um termômetro da indústria, mas não é o único. Muitos filmes que não ganharam a estatueta são, na verdade, experiências cinematográficas profundas, marcantes e que merecem ser revisitadas com atenção.
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