Farmacêutica de 38 anos é morta pelo ex-marido dentro de casa, na frente da filha. Caso é investigado pela Polícia Civil.
A farmacêutica Daniele Guedes Antunes, de 38 anos, morreu após ser atacada a facadas dentro de casa pelo ex-marido, o mecânico Christian Antunes dos Santos, também de 38 anos, em Santo André, no domingo (7). Segundo registro policial, a Polícia Militar foi chamada para atender uma ocorrência de violência doméstica e encontrou a vítima caída no chão com vários ferimentos. O suspeito estava ao lado dela e confessou o crime aos policiais. Daniele foi socorrida pelo Samu, encaminhada a um hospital, mas não resistiu.
O casal era pai de dois filhos, um jovem de 18 anos e uma menina de 11, que presenciou a agressão e relatou o ataque aos policiais. A família informou que Daniele havia sofrido agressões anteriormente, em outubro, durante o relacionamento de mais de 15 anos com o autor do crime. De acordo com o boletim de ocorrência, um vizinho acionou a polícia após ver a criança pedindo socorro com manchas de sangue na roupa.
A faca utilizada no ataque foi apreendida e a perícia realizada no imóvel localizado na Rua Dias da Silva, no Jardim do Estádio. A ocorrência foi registrada como feminicídio no 6º Distrito Policial de Santo André. O suspeito foi preso e optou por permanecer em silêncio durante o depoimento. O corpo de Daniele será velado nesta segunda-feira (8), no município.
O Conselho Federal de Farmácia lamentou o caso em nota pública, afirmando que o país registra níveis alarmantes de violência contra mulheres e destacou que o episódio ocorreu em meio a mobilizações nacionais pelo fim do feminicídio. A entidade manifestou pesar e repúdio ao assassinato.
Daniele atuava como farmacêutica clínica há 15 anos, possuía especializações em Farmácia Clínica, Saúde da Família e Farmácia Estética, e era proprietária de uma clínica. Nas redes sociais, registrava sua rotina profissional e compartilhava conteúdos relacionados à saúde e prática esportiva.
O Governo de São Paulo declarou que o combate à violência contra a mulher é prioridade. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o estado possui 16.875 pessoas presas por crimes contra a dignidade sexual e 7.555 detidos por infrações relacionadas à Lei Maria da Penha. Entre as ações destacadas estão as “cabines lilás”, que oferecem acolhimento especializado e orientações para vítimas, além da expansão das Delegacias de Defesa da Mulher, que somam 142 unidades, sendo 170 salas 24 horas com atendimento remoto por delegadas.
O governo ainda informou investimentos em novos policiais, atendimentos online e o uso do aplicativo SP Mulher Segura, que permite registros de ocorrência e possui botão de emergência. Também foi ampliado o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitoramento de agressores, com 200 autores sob vigilância. Desses, 98 foram presos por descumprimento de medidas judiciais.

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