Com crescimento de 20,8% nas exportações de carnes in natura, o Paraná se destaca no comércio internacional em 2025, com China, Argentina e EUA como principais destinos
O Paraná registrou crescimento expressivo nas exportações de carnes in natura entre janeiro e abril de 2025. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), analisados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o estado exportou US$ 1,56 bilhão nesse segmento, representando uma alta de 20,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o montante foi de US$ 1,29 bilhão.
A carne de frango lidera as exportações do setor, com US$ 1,32 bilhão em vendas externas, registrando aumento de 14,4% em comparação ao ano anterior. Este produto é o segundo item mais exportado pelo estado, ficando atrás apenas da soja em grão, que alcançou US$ 1,47 bilhão no quadrimestre.
Também se destacam a carne suína, com aumento de 75,1% e total de US$ 172 milhões exportados, e a carne bovina, que teve elevação de 86,5%, somando US$ 60,5 milhões. Esses resultados refletem a expansão da agroindústria e o fortalecimento das cadeias produtivas do setor.
Considerando toda a pauta de exportações, o estado movimentou US$ 7,44 bilhões no período. Além das carnes e da soja, também ganharam relevância nas vendas externas produtos como farelo de soja (US$ 389 milhões), açúcar bruto (US$ 308 milhões), cereais (US$ 267 milhões), papel (US$ 261 milhões), automóveis (US$ 218 milhões), madeira compensada (US$ 213 milhões) e celulose (US$ 188 milhões).
O secretário de Planejamento do Paraná, Ulisses Maia, atribui o desempenho à diversificação produtiva, destacando seu papel na geração de empregos qualificados e no aumento da renda. Segundo ele, essa estratégia fortalece a economia estadual e contribui para melhorar a qualidade de vida da população.
Os produtos paranaenses foram comercializados com cerca de 200 países ao longo dos quatro primeiros meses de 2025. A China manteve-se como principal parceiro comercial, respondendo por US$ 1,74 bilhão das exportações do estado — o equivalente a 23,4% do total. Em seguida, aparecem Argentina, com US$ 532 milhões (aumento de 72%), e Estados Unidos, com US$ 493 milhões (alta de 3,8%).
Mesmo diante de desafios no cenário internacional, como o aumento das tarifas de importação por parte dos Estados Unidos, os produtos paranaenses mantiveram competitividade no mercado global.
O presidente do Ipardes, Jorge Callado, reforçou que o estado não se limita à exportação de produtos primários. Segundo ele, há uma presença significativa de mercadorias com maior valor agregado, especialmente manufaturados, nas transações internacionais.
No que se refere às importações, o Paraná adquiriu US$ 6,5 bilhões em produtos no quadrimestre, resultando em um superávit comercial de US$ 915,7 milhões.
Os principais itens importados foram adubos e fertilizantes (US$ 802 milhões), óleos e combustíveis (US$ 494 milhões), produtos químicos orgânicos (US$ 456 milhões), autopeças (US$ 446 milhões), produtos farmacêuticos (US$ 345 milhões) e outros produtos químicos (US$ 274 milhões).
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