Até janeiro de 2025, importação brasileira aos EUA era permitida apenas para ração no país. Apesar de autorizar uso para industrialização, produto do Brasil não pode ser consumido in natura
Em fevereiro de 2025, as importações de ovos do Brasil pelos EUA aumentaram significativamente, registrando um crescimento de 93% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa elevação nas compras é um reflexo direto da crise causada pelo surto de gripe aviária que tem afetado severamente a avicultura nos Estados Unidos.
Desde o início de 2022, o vírus resultou na morte de quase 170 milhões de galinhas, perus e outras aves, levando a uma escassez generalizada de ovos no mercado americano.
Anteriormente, os ovos brasileiros eram permitidos apenas para uso em ração animal nos EUA. No entanto, em janeiro de 2025, o governo Trump permitiu que esses ovos fossem usados em alimentos processados para consumo humano, como misturas para bolo ou sorvete. Essa mudança regulatória foi possível após as autoridades brasileiras comprovarem que o país atende aos requisitos sanitários dos EUA para exportar ovos destinados ao processamento para consumo humano.
No entanto, os ovos brasileiros ainda não podem ser vendidos in natura nos supermercados americanos devido à presença da doença de Newcastle na avicultura brasileira, o que impede a exportação de ovos líquidos pasteurizados para consumo direto.
Os EUA estão considerando flexibilizar regulamentações para permitir o uso de ovos fecundados, destinados à indústria de frangos de corte, em produtos alimentícios. Esse tipo de ovo é frequentemente descartado devido à falta de refrigeração adequada, o que é uma exigência da FDA para garantir a segurança alimentar.
Especialistas em segurança alimentar alertam sobre o risco de contaminação por bactérias, como salmonela, que pode ocorrer se a refrigeração for insuficiente, tornando a pasteurização menos eficaz.
A escassez de ovos nos EUA resultou em um aumento significativo nos preços, que subiram mais de 50% em fevereiro de 2025. Para mitigar essa crise, o governo americano lançou um plano de US$ 1 bilhão para combater a alta dos preços, incluindo medidas de prevenção e pesquisa de vacinas contra a gripe aviária.
Além disso, alguns estados suspenderam leis que exigiam que os ovos viessem de galinhas criadas livres de gaiolas para aumentar a oferta disponível no mercado.
As 503 toneladas de ovos exportadas pelo Brasil aos EUA em fevereiro representam menos de 1% do total produzido pelo país, e o Brasil exporta cerca de 2,5 mil toneladas por mês. Apesar de ser uma parcela pequena da produção total, essa exportação é significativa no contexto da crise atual nos EUA.
O governo americano também está promovendo importações de países como Turquia, Brasil e Coreia do Sul, que normalmente enviam poucos ovos para os EUA, e pediu à Europa que aumente suas exportações para ajudar a aliviar a escassez.
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