Espanhola é assassinada e enterrada em praia na Indonésia após desaparecer em viagem

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Espanhola é assassinada e enterrada em praia na Indonésia após desaparecer em viagem

Corpo de Maria Matilde Mu Cazorla, de 72 anos, foi encontrado em cova rasa; crime teria sido motivado por apenas R$ 900.

A polícia da Indonésia investiga o brutal assassinato da espanhola Maria Matilde Mu Cazorla, de 72 anos, encontrada morta no último sábado (30) em uma cova rasa na praia de Batu Bolong, em Senggigi, na ilha de Lombok. A idosa, desaparecida desde 1º de julho, teria sido morta por apenas £135 — o equivalente a cerca de R$ 900, segundo o jornal britânico The Mirror.

Matilde havia sido vista pela última vez no hotel Bumi Aditya, onde costumava se hospedar em suas viagens. Poucos dias depois, amigos estranharam uma mensagem enviada de seu celular, cheia de erros de ortografia e informando que ela estaria no Laos, o que aumentou as suspeitas sobre seu paradeiro.

O desaparecimento só foi oficialmente investigado em 13 de agosto, após a família registrar queixa na Espanha. Durante as buscas, roupas e uma mochila da vítima foram localizadas em um ponto de descarte do hotel, mas documentos, celular e cartões bancários haviam sumido.

Dois homens, de 30 e 34 anos, funcionários ligados ao hotel, foram presos. A polícia afirma que ambos confessaram o crime e indicaram o local onde enterraram o corpo. O celular da vítima chegou a ser vendido no mercado negro, mas foi recuperado depois que o comprador revelou sua origem.

De acordo com as autoridades, os suspeitos teriam invadido o quarto da turista durante a madrugada, a estrangularam enquanto dormia e esconderam o corpo em uma sala de gerador desativada por semanas. Temendo serem descobertos, decidiram enterrá-la na praia, a poucos metros do hotel.

Amigos e familiares, no entanto, acreditam que mais pessoas estejam envolvidas no crime. A amiga Ana Jorba afirmou que há indícios de conivência da administração do hotel. Já o sobrinho, Ignacio Vilariño, apontou contradições nos depoimentos de funcionários e reforçou que a investigação precisa ser aprofundada.

Matilde era ex-comissária de bordo e professora de ioga. Natural de Ferrol, na Galícia, vivia em Palma de Mallorca, mas viajava com frequência sozinha. Nos últimos quatro anos, era hóspede habitual do mesmo hotel em Lombok, onde acabou sendo vítima de um crime que chocou a comunidade local e internacional.

A polícia indonésia segue investigando se outros funcionários participaram da morte e do encobrimento do caso.

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