Escolas de Santa Catarina ampliam ações contra a dengue

Após a Semana Nacional de Mobilização contra a Dengue nas Escolas, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação (MEC) anunciaram a prorrogação das ações de conscientização até 11 de abril.

A medida visa fortalecer o combate ao mosquito Aedes aegypti e intensificar a prevenção das arboviroses, como dengue, Zika e chikungunya, especialmente diante do aumento expressivo de casos da doença no país.

Em Santa Catarina, todos os 295 municípios aderiram ao programa, envolvendo 4.075 escolas e cerca de 994,7 mil alunos. A iniciativa, denominada “Escolas Livres da Dengue – Semana Nacional de Mobilização nas Escolas”, aconteceu entre 17 e 21 de fevereiro e promoveu uma série de atividades educativas para engajar estudantes, professores e a comunidade escolar na prevenção dessas doenças.

Expansão da campanha e impacto nacional

O Programa Saúde na Escola (PSE), responsável pela execução da mobilização, alcançou cerca de 90 mil escolas em todo o Brasil, envolvendo entre 10 e 15 milhões de estudantes.

Desde o biênio 2019/2020, o número de instituições participantes cresceu 11,5%, evidenciando a crescente preocupação com a disseminação das arboviroses e a importância da educação como ferramenta essencial na prevenção.

Durante a mobilização, as escolas realizaram ações como mutirões para identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, além de atividades lúdicas como gincanas, peças teatrais, concursos de desenho e redação.

A iniciativa não apenas reforça o conhecimento sobre os sintomas da dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito, mas também incentiva o protagonismo estudantil na luta contra esses problemas de saúde pública.

Aumento preocupante dos casos de dengue em 2024

O Ministério da Saúde e o MEC estendem a mobilização contra a dengue nas escolas até abril. Ações educativas buscam prevenir arboviroses e conscientizar estudantes em todo o Brasil.

O crescimento expressivo dos casos de dengue no Brasil foi um dos principais motivadores da ampliação da mobilização. Somente no período epidêmico de 2024, o país já registrou 323.246 casos prováveis de dengue, representando um aumento de 30,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 246.957 casos.

O cenário reforça a urgência de medidas preventivas eficazes, que incluem a eliminação de criadouros do mosquito e a conscientização da população sobre os riscos da doença.

As ações educativas realizadas nas escolas desempenham um papel fundamental nesse contexto, uma vez que os alunos se tornam multiplicadores de informações dentro de suas famílias e comunidades. Ao ensinar práticas simples, como evitar o acúmulo de água parada em vasos de plantas, calhas e recipientes abertos, a campanha contribui diretamente para a redução da proliferação do Aedes aegypti.

Importância da educação na prevenção de arboviroses

A integração entre educação e saúde tem se mostrado uma estratégia eficaz na prevenção de epidemias. A abordagem lúdica e interativa adotada nas escolas facilita a assimilação das informações e incentiva os estudantes a aplicarem os aprendizados em seu cotidiano.

Além disso, o envolvimento direto de professores, profissionais da saúde e famílias amplia o alcance das ações, promovendo um efeito em cadeia que fortalece a luta contra a dengue, Zika e chikungunya.

A diretora de Educação em Saúde do MEC, Mariana Souza, destaca a importância da continuidade dessas atividades ao longo do ano: “As escolas são ambientes estratégicos para fomentar boas práticas de saúde. Trabalhar a prevenção dentro das salas de aula cria uma cultura de conscientização e responsabilidade coletiva, o que se reflete positivamente na redução dos casos de dengue e outras doenças”.

Mobilização nas escolas segue até abril: o que esperar?

Com a prorrogação das ações até 11 de abril, novas iniciativas devem ser implementadas nas escolas para reforçar a conscientização e garantir a participação ativa dos estudantes. Entre as estratégias previstas estão:

  • Expansão dos mutirões de limpeza dentro e nos arredores das escolas para eliminar focos do mosquito.
  • Ampliação das atividades interativas, incluindo oficinas educativas sobre prevenção e primeiros socorros em casos de suspeita de dengue.
  • Parcerias com unidades de saúde locais, permitindo a realização de palestras e distribuição de materiais informativos.
  • Uso de tecnologia e redes sociais para disseminar boas práticas e envolver um número ainda maior de pessoas na mobilização.

A expectativa é que essa ampliação do programa fortaleça a conscientização e reduza os índices de transmissão da dengue em todo o país.