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Enfermeira é morta asfixiada após ex-marido não aceitar separação

Enfermeira é morta asfixiada dentro de casa em Maceió; ex-marido confessa o crime e é preso pela Polícia Civil de Alagoas.

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A enfermeira Ketyni Maria Gomes da Silva foi assassinada por asfixia no último sábado (11), dentro da própria residência, localizada no bairro São Jorge, em Maceió (AL). O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima, identificado como Jeferson, de 26 anos. Segundo informações da Polícia Civil, o feminicídio teria sido motivado pela não aceitação do término do relacionamento. Ketyni e Jeferson eram pais de duas crianças pequenas. No momento do crime, o filho mais novo, de apenas dois anos, estava dentro de casa e foi encontrado nos braços do pai quando ele se apresentou à polícia horas depois do assassinato.

Após confessar o crime, Jeferson conduziu os agentes até o local onde o corpo de Ketyni foi encontrado sem vida, sobre a cama de casal do quarto principal. A cena chocou os investigadores pela brutalidade. O homem foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde permanece detido à disposição da Justiça.

A notícia da morte da enfermeira causou intensa comoção nas redes sociais, especialmente entre amigos, colegas de trabalho e familiares, que destacaram sua dedicação profissional e o carinho com que cuidava dos pacientes. Mensagens de pesar e pedidos por justiça se multiplicaram, tornando o caso um dos assuntos mais comentados na região.

De acordo com o levantamento mais recente da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, o estado tem registrado um crescimento preocupante nos casos de feminicídio em 2025. A maioria das vítimas são mulheres jovens, assassinadas por companheiros ou ex-companheiros, em situações de ciúme, controle e não aceitação do fim do relacionamento.

As autoridades reforçam que a denúncia é a principal forma de interromper o ciclo de violência antes que ele resulte em tragédias como a de Ketyni. O canal 180, Central de Atendimento à Mulher, funciona 24 horas por dia, incluindo fins de semana e feriados, com atendimento gratuito e sigiloso. A ligação pode ser feita de qualquer telefone, e o serviço orienta, acolhe e encaminha as vítimas aos órgãos competentes.

Especialistas lembram que o feminicídio é a etapa final de uma escalada de agressões físicas e psicológicas. Muitas vezes, antes do crime, a mulher já enfrenta ameaças, perseguição e controle abusivo. Campanhas de conscientização em Alagoas e em todo o país buscam reforçar que pedir ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza — e pode salvar vidas.

A morte de Ketyni reacende o debate sobre políticas públicas de proteção às mulheres, o fortalecimento das redes de apoio e a necessidade de ampliar o alcance das delegacias especializadas. O caso segue sob investigação, e a expectativa é de que o inquérito seja concluído nas próximas semanas, com o indiciamento formal de Jeferson por feminicídio qualificado.

Enfermeira é morta asfixiada dentro de casa em Maceió; ex-marido confessa o crime e é preso pela Polícia Civil de Alagoas.
Foto: Reprodução / Redes Sociais

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