Na madrugada do último domingo, dia 10, a tranquilidade de uma viagem de turismo foi brutalmente interrompida por um ataque violento e bem planejado. Dois ônibus de turismo foram alvo de bandidos armados que, em uma emboscada cuidadosamente preparada, renderam passageiros e levaram mercadorias de valor.
O assalto ocorreu nas proximidades de Esquina Gaúcha, uma comunidade no município de Pérola D’Oeste, Paraná. A quadrilha, composta por cerca de dez criminosos fortemente armados, montou uma falsa blitz usando cones e um veículo branco, caracterizado com adesivos da Receita Federal para despistar os motoristas e passageiros. Essa armadilha, montada na PR-583, levou ao roubo de diversas mercadorias e deixou passageiros em estado de choque.
A Polícia Militar foi acionada logo após o ocorrido e prontamente se deslocou ao local. No caminho, encontraram um dos ônibus com os passageiros ainda a bordo, mas sem grande parte dos bens pessoais. Já o segundo veículo foi localizado mais adiante, danificado em uma estrada vicinal, onde os passageiros aguardavam, ainda em choque e relatando detalhes da abordagem.
A audácia dos criminosos, a organização do crime e o cenário de medo trazem à tona o questionamento sobre a segurança nas estradas do interior paranaense e evidenciam os desafios enfrentados pela polícia local na investigação de crimes deste tipo.
Um plano meticulosamente armado pelos criminosos
A quadrilha envolvida nesse roubo demonstrou um planejamento detalhado e calculado. Para enganar os motoristas e passageiros, os criminosos utilizaram um carro Fiat Toro branco, plotado com adesivos falsos da Receita Federal. A presença dos cones e do veículo camuflado fez com que os passageiros acreditassem se tratar de uma fiscalização regular. Segundo relatos, a abordagem ocorreu por volta das 21 horas do sábado (9), o que sugere que os assaltantes esperavam que a escuridão e o isolamento das estradas favorecessem a ação.
Quando os ônibus pararam, os bandidos fortemente armados surgiram e rapidamente dominaram a situação, ameaçando e intimidando os presentes. Eram cerca de dez homens, todos armados com pistolas, que não hesitaram em ordenar que os passageiros descessem e deixassem seus pertences à disposição.
Em um dos ônibus, onde havia uma quantidade significativa de mercadorias como brinquedos, bebidas, roupas, perfumes e eletrônicos, o roubo foi ainda mais audacioso, e grande parte desses bens foi levada pelos criminosos. Já no segundo veículo, onde não havia mercadorias, os bandidos aparentemente procuravam por bens de valor entre os passageiros, que foram obrigados a permanecer imóveis enquanto o assalto acontecia.
A resposta da Polícia Militar e os desafios na investigação
Logo após a denúncia do assalto, a Polícia Militar da região foi acionada e iniciou o deslocamento até o local dos fatos. A complexidade do crime – que envolveu uma falsa blitz, um carro plotado e o uso de armas de fogo – indica que o grupo criminoso possui experiência em organizar esse tipo de emboscada. Agora, as autoridades se veem diante de um desafio para identificar e capturar os responsáveis, levando em consideração as características fornecidas pelas vítimas e possíveis registros em câmeras de segurança da região.
Um dos passageiros, Fabrício Costa, comentou nas redes sociais o drama vivido no assalto.
“Pessoal eu estava em um dos ônibus, fomos feitos de refém por mais de 3 horas, minha mulher está grávida de 7 meses, teve muitas contrações e agora está com muita dor na barriga, mas Deus é mais, por favor pessoal se alguém tiver alguma informação nos ajude, pode chamar no privado, o total fizeram umas 60 pessoas de refém, idosos, mulheres pra roubar pessoas trabalhadoras, ficamos 3 dias na estrada, comemos mal e dormimos mal, passamos calor e sede não é brincadeira essa vida pois somos de Porto Alegre, cada um traz um pouco de mercadoria pra por o pão na mesa de casa, falo até o que tinha nas bolsas pois ajudei a fazer o maleiro, brinquedos, camisa de time, boia infantil pra brincar na piscina, perfume, relógio de pulso os baratinho, meu Deus só caco não merecemos passar por isso, Tinham uns 8 fortemente armados se chamavam por vulgo de Jogador eles eram magros e alto com capus…”, falou o passageiro.