O fenômeno climático El Niño, que alcançou seu auge nos últimos meses, agora demonstra sinais de enfraquecimento. No entanto, mesmo à medida que se encaminha para sua fase final, suas repercussões ainda serão amplamente sentidas, com previsões indicando que seus efeitos perdurarão até o outono, especialmente no Brasil.
Este El Niño em particular destacou-se por sua intensidade, impulsionando um aquecimento sem precedentes nas águas do Oceano Pacífico, com temperaturas excedendo os 2 °C acima da média. Surpreendentemente, sua abrangência geográfica expandiu-se para regiões antes não afetadas por esse fenômeno. Embora haja registros de um leve declínio nas temperaturas oceânicas, as imagens de satélite ainda apontam para um cenário de aquecimento considerável, conforme o relatório mais recente da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Os impactos do El Niño continuam a ser sentidos no Brasil, com temperaturas acima da média nacional e padrões de chuvas irregulares, especialmente na região amazônica e no Nordeste. Estes efeitos podem persistir além da normalização das temperaturas oceânicas, alertam os especialistas.
Além disso, há expectativas para a transição para a fase neutra e eventual instauração do La Niña, previsto para o segundo semestre de 2024. Este fenômeno, caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico, pode trazer consigo um novo conjunto de desafios climáticos.
Entre esses desafios está o aumento das chuvas no Norte e no Nordeste do Brasil, enquanto o Centro-Sul enfrenta tempo seco e maior propensão a massas de ar frio. Isso gerará variações térmicas significativas em todo o país, afetando diversos setores, desde a agricultura até a saúde pública.
Embora o El Niño esteja se encaminhando para seu término, sua influência continuará a ser sentida por meses, principalmente no Brasil. Com a possibilidade iminente da transição para o La Niña, é crucial que as autoridades e comunidades estejam preparadas para enfrentar os desafios climáticos que ainda estão por vir. A compreensão e o monitoramento contínuo desses fenômenos são essenciais para mitigar seus impactos e proteger a população e o meio ambiente.