Eclipse lunar total revela a “Lua de Sangue” neste domingo (07)

Eclipse lunar total revela a “Lua de Sangue” neste domingo (07)

Neste domingo (7), o céu será palco de um eclipse lunar total com a famosa “Lua de Sangue”, visível em boa parte do planeta — mas não no Brasil.

O céu sempre foi um palco privilegiado da curiosidade humana. E, neste domingo (7), ele se tornará ainda mais fascinante: um eclipse lunar total, um dos espetáculos mais aguardados do calendário astronômico de 2025, vai encher de emoção observadores espalhados por mais da metade do globo. O evento terá uma duração precisa de 3 horas, 29 minutos e 24 segundos. Dentro desse período, pouco mais de 1h20 será o auge: a fase da totalidade, quando a Lua assume o tom avermelhado que lhe rendeu o apelido de “Lua de Sangue”.
De acordo com o portal especializado TimeAndDate, quem estiver em grande parte da Ásia, no leste da África ou no oeste da Austrália terá a sorte de acompanhar o espetáculo do início ao fim. Já em regiões da Europa, de outros pontos da África e de áreas da Austrália, será possível observar ao menos parte do eclipse, em suas fases parciais ou totais.

Brasil fora da rota do espetáculo

Infelizmente, para os brasileiros, o evento passará despercebido. Nem mesmo a fase parcial ou a totalidade estarão acessíveis aos nossos olhos. Apenas uma pequena região do Nordeste poderia acompanhar discretamente a fase penumbral, quando a Lua fica levemente encoberta por uma sombra quase imperceptível. Mas como o eclipse ocorrerá entre 13h27 e 16h56, em pleno dia, até esse detalhe sutil será engolido pela luz solar. Para nós, restará apenas a espera por registros internacionais, fotos e transmissões ao vivo que certamente inundarão as redes sociais.

Eclipse lunar total revela a “Lua de Sangue” neste domingo (07)

Por que a Lua fica vermelha?

O apelido “Lua de Sangue” não é mero capricho poético. Ele vem da transformação cromática que ocorre durante o eclipse total. Quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, a luz solar atravessa a atmosfera terrestre antes de alcançar a superfície lunar. Nesse trajeto, partículas atmosféricas filtram os tons azulados e deixam passar apenas as tonalidades avermelhadas, que são projetadas sobre a Lua, tingindo-a como se fosse uma enorme esfera incandescente suspensa no espaço. É o mesmo fenômeno que dá origem aos tons avermelhados do pôr do sol.

Uma pausa para lembrar do calendário astronômico

O eclipse lunar deste domingo será o terceiro entre os quatro previstos para 2025. Uma espécie de prévia do último grande espetáculo do ano: o eclipse solar parcial de 21 de setembro. Contudo, novamente o Brasil ficará fora da rota. O evento poderá ser visto apenas no extremo sul da Austrália, sobre os oceanos Pacífico e Atlântico e em áreas da Antártida. Para os amantes da astronomia em terras brasileiras, restará acompanhar pelas lentes de telescópios estrangeiros ou pelas transmissões ao vivo que, felizmente, democratizam a observação desses fenômenos.

LEIA MAIS: Um forno de 3.000 anos foi encontrado pelos arqueólogos